O Saúde Coletiva em Debate da última sexta-feira, 11 de outubro, destacou o projeto ECLIPSE e suas ações voltadas ao empoderamento comunitário e à pesquisa sobre leishmaniose cutânea, uma doença negligenciada que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.
Coordenado pela professora Leny Trad (FASA-ISC/UFBA), o evento reuniu os pesquisadores Paulo Machado (SIM-Hupes), Bruno Cova (FAMED) e Felipe Rocha (FASA-ISC/UFBA), que compartilharam diferentes perspectivas sobre a doença e as iniciativas nos territórios baianos de Orobó (Valença), Corte de Pedra (Presidente Tancredo Neves), São Paulinho e Alto Alegre (Teolândia).
Durante o seminário, a equipe destacou a importância da pesquisa colaborativa e do envolvimento das comunidades para reduzir o estigma e aprimorar os itinerários terapêuticos. Foram abordados os impactos psicossociais da leishmaniose e as dimensões culturais e sociais que influenciam o estigma nos territórios.
Os pesquisadores também enfatizaram a necessidade de uma formação contínua dos profissionais de saúde, promovendo a troca de saberes entre diferentes experiências. A arte foi apresentada como uma ferramenta essencial para a promoção da saúde e do bem-estar, fortalecendo vínculos comunitários por meio de iniciativas culturais, como filmes, livros e festivais.
O Projeto ECLIPSE é uma iniciativa internacional – financiada pelo NIRH – com uma abordagem colaborativa, reunindo pesquisadores e profissionais de saúde de países como Brasil, Sri Lanka, Etiópia e Reino Unido. O objetivo é promover a troca de conhecimentos e estratégias para enfrentar essa grave enfermidade. No Brasil, o projeto é liderado pelo Instituto de Saúde Coletiva e pelo Instituto de Imunologia da UFBA.
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