Da esquerda para a direita: Rita Ferreira (MSTB), Joilda Nery (ISC/UFBA), Luis Eugenio de Souza (ISC/UFBA) e Marcelo Firpo de Souza Porto (ENSP/Fiocruz) / Foto: Anannda Sampaio

No dia 21 de novembro, o Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA) recebeu mais uma etapa da oficina do projeto de pesquisa “SUS e promoção emancipatória da saúde nas periferias urbanas: resistências e experiências territoriais para construção do bem viver em ocupações sem teto de Salvador e em uma favela do Rio de Janeiro”. O encontro reuniu lideranças acadêmicas, movimentos sociais e pesquisadores para avançar no debate sobre saúde e direitos nas periferias.

A mesa de abertura contou com a presença do diretor do ISC/UFBA, Luis Eugenio de Souza, da vice-diretora, Joilda Nery, do pesquisador e coordenador do projeto, Marcelo Firpo de Souza Porto (ENSP/Fiocruz), e da coordenadora estadual do Movimento Sem Teto da Bahia (MSTB), Rita Ferreira, além de representantes do Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde (Neepes/Fiocruz) e do Centro de Integração na Serra da Misericórdia (CEM).

Na ocasião, foi realizada uma apresentação pública do projeto, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), destacando os avanços alcançados até o momento e as perspectivas para as próximas etapas das ações.

Os graduandos do curso de Saúde Coletiva do ISC/UFBA também marcaram presença na atividade, compartilhando os resultados das ações desenvolvidas em parceria com o Movimento Sem Teto da Bahia (MSTB) nos territórios. Suas contribuições ressaltaram o papel da formação acadêmica na construção de práticas integradas e no fortalecimento do diálogo entre a universidade e as comunidades.

O projeto “SUS e promoção emancipatória da saúde nas periferias urbanas” tem como objetivo central discutir a promoção da saúde e o conceito de território em áreas de alta vulnerabilidade social. Por meio de oficinas, busca aplicar técnicas de territorialização, fomentar a participação social e sistematizar informações para subsidiar políticas públicas que enfrentem a exclusão social. As atividades abordam eixos transversais como saúde, moradia e bem viver, promovendo o protagonismo das comunidades envolvidas na construção de soluções coletivas.

Durante a oficina no ISC/UFBA, foram também apresentados os cadernos interculturais, frutos do projeto. Essas publicações sintetizam aprendizados e experiências relacionadas à promoção da saúde em territórios vulnerabilizados.

Cada caderno aborda temas centrais: o Caderno 1 discute a promoção emancipatória da saúde com foco em saúde coletiva, justiça ambiental e valorização dos saberes populares; o Caderno 2 explora a agroecologia e soberania alimentar como estratégias para superar a insegurança alimentar e fortalecer a saúde; o Caderno 3, que contou com a colaboração da equipe do ISC/UFBA, aborda as lutas por dignidade e organização comunitária, destacando ações de cuidado nos territórios; e o Caderno 4 reflete sobre justiça ambiental, proteção ambiental e a construção de comunidades do bem viver. Essas produções não apenas relatam desafios, mas também apontam caminhos para o fortalecimento das práticas coletivas em prol da saúde e da justiça social.

Confira as edições nos links abaixo e conheça mais sobre essas iniciativas transformadoras.

Veja, abaixo, a galeria de fotos completa (créditos: Anannda Sampaio)