O Saúde Coletiva em Debate desta sexta-feira, 29 de novembro, abordou a formulação e implementação do Censo Nacional das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco especial na realidade do estado da Bahia.
O seminário contou com a participação de Ana Luiza Vilasbôas (ISC/UFF), Patty Fidelis de Almeida (ISC/UFF) e Roberta Sampaio (Sesab), sob coordenação da professora Rosana Aquino (ISC/UFBA).
A sessão destacou a importância do Censo Nacional das Unidades Básicas de Saúde (UBS) como uma ferramenta estratégica para compreender as condições de infraestrutura, recursos humanos e organização dos serviços de Atenção Primária no Brasil. O censo foi concebido como uma radiografia abrangente das mais de 51 mil UBS do país, incluindo 5.030 unidades na Bahia, para subsidiar o planejamento e os investimentos na área, sem o objetivo de classificar ou ranquear unidades ou municípios.
Foram abordados os desafios enfrentados na implementação do censo, como instabilidades no sistema e-Gestor, períodos eleitorais e dificuldades de adesão por parte de gestores e equipes. Estratégias de articulação com redes locais, como a Abrasco e o Cosems, e o uso de ferramentas digitais foram essenciais para superar obstáculos e garantir a coleta de informações detalhadas. Na Bahia, a operação contou com uma equipe dedicada, distribuída por todos os municípios, que facilitou a comunicação e o monitoramento das atividades.
Além disso, o debate reforçou a necessidade de fortalecer a Atenção Primária à Saúde como eixo central do SUS, destacando o papel da universalização da Estratégia Saúde da Família para a efetivação dos princípios de equidade e integralidade. As perspectivas incluem o aprimoramento de políticas públicas, ampliação da rede de atenção e melhor integração entre os serviços, com foco na qualidade e na resolução das necessidades da população.
A íntegra do seminário está disponível no canal do ISC no YouTube (youtube.com/labvideoisc). O vídeo é acessível na Língua Brasileira de Sinais (Libras).