Contribuir para a formação de trabalhadoras e trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre o enfrentamento das violências de gênero, raça, etnia e classe, com base em orientação sexual e outras formas de opressão e discriminação nos ambientes de trabalho. Essa é a proposta de um projeto liderado por pesquisadoras do Programa Integrado de Pesquisa e Cooperação Técnica em Gênero e Saúde (MUSA), do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, em parceria com Ministério da Saúde e as secretarias de Saúde estadual e municipais da Bahia.
A primeira etapa do projeto prevê a realização de um curso de extensão com 40 horas, para sensibilizar as trabalhadoras e os trabalhadores de saúde sobre as temáticas abordadas, e será ministrada à distância, com atividades síncronas e assíncronas. A capacitação será aberta para 100 profissionais do SUS, vinculados às secretarias de Saúde estadual e municipais da Bahia, independentemente do nível de escolaridade ou posição funcional.
A segunda etapa, com 140 horas, será um curso de aperfeiçoamento para 30 profissionais que participaram da primeira fase e foram selecionados para continuar a formação. Além do aprofundamento teórico, os participantes irão integrar oficinas metodológicas para desenvolver planos de ação aplicáveis em suas unidades de trabalho, com acompanhamento em pequenos grupos para aprimorar as propostas.
“Nosso foco será sobre a formação dos participantes como multiplicadores capazes de disseminar o conhecimento e as experiências do curso, possibilitando a criação e a difusão de estratégias de enfrentamento do assédio moral e sexual, do racismo, sexismo, homofobia, capacitismo e outras manifestações de violências em seus ambientes de trabalho”, destaca a professora Ana Paula Reis, coordenadora do projeto (MUSA – ISC/UFBA). A capacitação também conta com a presença da professora Joilda Nery na vice-coordenação.
O projeto “Violências de gênero, raça, etnia e classe no trabalho em saúde no SUS” integra o Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça, Etnia e Valorização das Trabalhadoras no SUS. Coordenada pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, a iniciativa integra o compromisso do governo federal de enfrentar desigualdades de gênero e raça, reconhecendo o Estado como promotor de políticas públicas para combater desigualdades sociais no país.
Os profissionais que concluírem todas as etapas da formação receberão da UFBA o certificado de “Curso de Aperfeiçoamento em Violências de Gênero, Raça, Etnia e Classe no âmbito do trabalho no SUS”. As inscrições e o edital com os critérios de seleção devem ser divulgados pela equipe do projeto nos próximos meses. Acompanhe os canais do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA e fique por dentro das atualizações.