Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

[:pb]Para atender às despesas do Sistema Único de Saúde (SUS) frente à pandemia do coronavírus, um grupo de economistas especializado em saúde propõe a criação de um fundo para o setor com aporte inicial de R$ 25 bilhões. O valor é cinco vezes maior que a liberação emergencial de R$ 5 bilhões anunciada pelo governo federal na semana passada.

Segundo Érika Aragão, professora do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA e presidente da Associação Brasileira de Economia da Saúde (Abres), o valor sugerido é baseado na recomposição da emenda constitucional 95/2016, que estabeleceu o teto dos gastos públicos, e gerou um impacto de 22,48 bilhões nos repasses ao SUS entre 2018 e 2020.

“Esse é o aporte mínimo projetado, mas nós entendemos que será necessário muito mais recursos para o SUS atender à demanda que está por vir”, destaca a economista. Os cálculos também são assinados por Carlos Ocké-Reis, técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Francisco Funcia, professor da Universidade de São Caetano do Sul (USCS) e Bruno Moretti, técnico do Senado.

A urgência de investimento no SUS ganhou ainda mais destaque nesta quinta-feira (26) com a projeção de gastos na saúde apresentada pelo jornal o Estado de S. Paulo. Segundo o Estadão, o coronavírus pode custar R$ 410 bilhões a mais aos cofres públicos. A informação estaria em documento enviado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ao ministro da Economia, Paulo Guedes, na última terça-feira (24).

 [:en]To meet the expenses of the Unified Health System (SUS) in the face of the coronavirus pandemic, a group of economists specialized in health proposes the creation of a fund for the sector with an initial investment of R $ 25 billion . The amount is five times higher than the emergency release of R $ 5 billion announced by the federal government last week.

According to Érika Aragão, professor at the Institute of Collective Health at UFBA and president of the Brazilian Association of Health Economics (Abres), the suggested amount is based on the recomposition of constitutional amendment 95/2016, which established the ceiling for public spending, and generated a 22.48 billion impact on transfers to SUS between 2018 and 2020.

“This is the minimum projected contribution, but we understand that much more resources will be needed for SUS to meet the demand that is coming”, highlights the economist. The calculations are also signed by Carlos Ocké-Reis, technician at the Institute of Applied Economic Research (Ipea), Francisco Funcia, professor at the University of São Caetano do Sul (USCS) and Bruno Moretti, technician at the Senate.

The urgency of investing in SUS gained even more prominence on Thursday (26) with the projection of health spending presented by the newspaper o Estado de S. Paulo. According to Estadão, the coronavirus can cost R $ 410 billion more to public coffers. The information would be in a document sent by the Minister of Health, Luiz Henrique Mandetta, to the Minister of Economy, Paulo Guedes, last Tuesday (24).[:es]Para cubrir los gastos del Sistema Único de Salud (SUS) ante la pandemia de coronavirus, un grupo de economistas especializados en salud propone la creación de un fondo para el sector con una inversión inicial de R $ 25 mil millones . El monto es cinco veces mayor que la liberación de emergencia de R $ 5 mil millones anunciada por el gobierno federal la semana pasada.

Según Érika Aragão, profesora del Instituto de Salud Colectiva de la UFBA y presidenta de la Asociación Brasileña de Economía de la Salud (Abres), el monto sugerido se basa en la recomposición de la enmienda constitucional 95/2016, que estableció el límite para el gasto público y generó Impacto de 22.480 millones en las transferencias al SUS entre 2018 y 2020.

“Esta es la contribución mínima proyectada, pero entendemos que se necesitarán muchos más recursos para que el SUS satisfaga la demanda que se avecina”, destaca el economista. Los cálculos también están firmados por Carlos Ocké-Reis, técnico del Instituto de Investigación Económica Aplicada (IPEA), Francisco Funcia, profesor de la Universidad de São Caetano do Sul (USCS) y Bruno Moretti, técnico del Senado.

La urgencia de invertir en el SUS ganó aún más protagonismo el jueves (26) con la proyección del gasto en salud presentada por el periódico Estado de S. Paulo. Según Estadão, el coronavirus puede costar R $ 410 mil millones más a las arcas públicas. La información estaría en un documento enviado por el Ministro de Salud, Luiz Henrique Mandetta, al Ministro de Economía, Paulo Guedes, el martes pasado (24).[:]