Com informações de Letícia Maçulo/Abrasco
O 2º Simbrastt – Simpósio Brasileiro de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora – pautou a reflexão sobre o ensino, pesquisa e relações interinstitucionais entre universidades, previdência social, saúde, educação, Ministério Público do Trabalho e órgãos financiadores de pesquisa para, a partir disso, desenvolver conceitos e abordagens técnico-científicas e operacionais no campo da Saúde do Trabalhador no Brasil.
O simpósio acontece dentro do pré-congresso do 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva – Abrascão 2022, realizado na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (FD/UFBA), reunindo na mesa de abertura representantes de instituições importantes para a saúde: Conselho Nacional de Saúde (CNS), Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab), Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP/Fiocruz), e demais instituições.
Representando a Abrasco, a presidente Rosana Onocko reforçou a importância do debate sobre saúde do trabalhador diante dos duros ataques impostos ao conjunto da classe trabalhadora pelo aprofundamento do neoliberalismo. “Nestes últimos anos, os trabalhadores brasileiros foram maltratados, uma situação escancarada pela pandemia. Somos um dos poucos países do planeta Terra onde as pessoas que estavam mais fragilizadas e necessitadas de amparo e de proteção social tiveram seus direitos trabalhistas cortados. Isso é de uma crueldade desumana.”
O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto comemorou as últimas vitórias sociais sinalizadas pela eleição de Luiz Inácio Lula da Silva a presidência do Brasil. Contudo, alertou que a luta continua: “Precisamos aprofundar o debate, cobrar de quem assumiu o Governo. Estamos aqui e assumimos uma tarefa coletiva de estar no grupo técnico de transição da saúde. Queremos convidar todas as entidades e movimentos para dialogar, buscar caminhos e fazer com que tudo que desejávamos que estivesse no plano de governo seja implementado. Não será fácil, mas vamos continuar lutando. “ garante.
Para a coordenadora do GT Saúde do Trabalhador/Abrasco, Cristina Strausz, o Simbrastt abre uma possibilidade de compreensão ampliada sobre o trabalho. “É muito importante que nós nos vejamos como trabalhadores e assim possamos nos reconhecer, é uma questão de classe”, completa.
Compuseram a mesa de abertura Rosana Onocko (Associação Brasileira de Saúde Coletiva); Fernando Pigatto (Conselho Nacional de Saúde), Lúcia Souto (Centro Brasileiro de Estudos de Saúde), Taís Araújo Cavendish (Ministério da Saúde); Hermano Castro (Fundação Oswaldo Cruz); Luiz Cláudio Meireles (Escola Nacional de Saúde Pública); Letícia Nobre (Secretaria Estadual de Saúde da Bahia); Madalena Margarida (Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora); Ilan Souza (Ministério Público do Trabalho); Márcia Kamei (Ministério Público do Trabalho); Eduardo Bonfim (Dep. Intersindical Estudos Pesquisas de Saúde e Amb Trabalho) e Cristina Strausz (GT Saúde do Trabalhador/Abrasco).
Nos dois dias de atividades, o 2º Simbrastt programou 4 eixos transversais e a plenária final, com cobertura da Abrasco, da ENSP/Fiocruz e transmissão do Diesat – Departamento Intersindical em Estudos e Pesquisas de Saúde, Ambiente e Trabalho.
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Assista ao evento completo: