O Saúde Coletiva em Debate da última sexta-feira (7) discutiu os determinantes sociais da sífilis gestacional e congênita no Brasil. Coordenado pela pesquisadora Maria Yury Ichihara (Cidacs/Fiocruz-BA e ISC/UFBA), o evento contou com a participação de Guilherme Lopes (CEFET-MG), Andrea Ferreira (Cidacs/Fiocruz-BA e Iyaleta), Hernane Guimarães (ENSP/Fiocruz) e Adalton dos Anjos (Cidacs/Fiocruz-BA e UESB).

Os pesquisadores apresentaram estudos que destacam a subnotificação dos casos de sífilis gestacional e a necessidade de aprimoramento dos sistemas de informação para melhor monitoramento da doença. Foi discutido o impacto do Programa Bolsa Família na detecção e no controle da sífilis durante a gestação, evidenciando que políticas de proteção social contribuem para o aumento do acesso ao pré-natal e, consequentemente, para a testagem e o tratamento da infecção. Outro ponto abordado foi a situação das comunidades indígenas, que enfrentam barreiras estruturais e territoriais para a prevenção e o tratamento da sífilis congênita.

Além das análises epidemiológicas, o evento destacou a importância do engajamento público na disseminação de informações científicas sobre a sífilis. Foram apresentadas as estratégias do Projeto Sífilis para ampliar a comunicação com gestores, profissionais de saúde e a população em geral, por meio de webinários, redes sociais e produção de materiais informativos.

Os pesquisadores enfatizaram como a mobilização social é fundamental para garantir que as evidências científicas resultem em ações concretas para a redução da transmissão vertical da sífilis, reforçando a necessidade de integrar esforços entre academia, gestores públicos e comunidades para aprimorar as políticas de controle da sífilis gestacional e congênita no Brasil.

A íntegra do seminário está disponível no link acima. O vídeo é acessível na Língua Brasileira de Sinais (Libras).