[:pb]Cerca de 36 milhões de pessoas tiveram dificuldade de conseguir trabalho no Brasil no mês de maio. É o que aponta a PNAD-COVID19, pesquisa realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde. O número abrange tanto as pessoas que procuraram emprego, mas não encontraram, como aquelas que nem chegaram a procurar trabalho por causa da Covid-19 ou por falta de oportunidades na região onde viviam.
Ainda de acordo com a pesquisa, 36,4% dos brasileiros que estavam trabalhando no mês passado tiveram rendimento efetivo menor. A diferença foi de -18,6% entre aquilo que recebiam habitualmente (R$ 2.320) e o efetivamente recebido em maio (R$ 1.899).
Apesar do impacto do isolamento social sobre a economia ser um fenômeno esperado e já identificado em diversos países, é preciso cautela na interpretação deste cenário. É o que avalia Vilma Santana, professora do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA. “Não cabe fazer uma discussão do impacto da pandemia e das medidas de controle sobre a economia sem considerar o que se ganhou com as vidas salvas, a redução do número de enfermos e os custos com o tratamento de doentes graves e afastamentos remunerados do trabalho. Não podemos trocar mortes por emprego”, destaca a professora.
Para ela, é preciso olhar para a experiência de outros países que enfrentaram as medidas de distanciamento e garantiram o controle da pandemia antes da retomada da economia. “A China, por exemplo, que tem quase 1,4 bilhão de habitantes, foi o primeiro país a lidar com a pandemia e não chegou a 5 mil mortes. Enquanto isso, Brasil, Estados Unidos e Suécia têm um comportamento errático, sem uma coordenação e uma política consistente”, avalia.
Dados da plataforma “Vidas salvas no Brasil pelo isolamento social”, criada por pesquisadores do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Unicamp, mostram que se mantivermos o isolamento pelas próximas duas semanas (no mesmo nível da última semana), o país poupará uma vida a cada 0.5 minutos. Isso significa 6.945 vidas salvas somente entre os dias 26/06 e 09/07. O sistema é atualizado diariamente e pode ser acessado neste link.
Até o dia 25 de junho, o Brasil registrou 1.233.147 casos de Covid-19, com 55.054 mortos e 649.908 casos de pessoas recuperadas.[:en]About 36 million people had difficulty finding work in Brazil in May. This is what PNAD-COVID19 points out , a survey conducted by IBGE in partnership with the Ministry of Health . The number covers both people who sought employment but did not find it, as well as those who did not even look for work because of Covid-19 or because of the lack of opportunities in the region where they lived.
Also according to the survey, 36.4% of Brazilians who were working last month had lower effective income. The difference was -18.6% between what they usually received (R $ 2,320) and that actually received in May (R $ 1,899).
Although the impact of social isolation on the economy is an expected and already identified phenomenon in several countries, caution is needed when interpreting this scenario. This is what Vilma Santana, professor at the Collective Health Institute of UFBA, assesses. “There is no need to discuss the impact of the pandemic and control measures on the economy without considering what has been gained from the lives saved, the reduction in the number of sick people and the costs of treating critically ill patients and paid leave from work. We cannot exchange deaths for jobs, ”says the teacher.
For her, it is necessary to look at the experience of other countries that faced the measures of distancing and guaranteed the control of the pandemic before the resumption of the economy. “China, for example, which has almost 1.4 billion inhabitants, was the first country to deal with the pandemic and did not reach 5,000 deaths. Meanwhile, Brazil, the United States and Sweden have erratic behavior, without consistent coordination and policy, ”he says.
Data from the platform “Lives saved in Brazil through social isolation”, created by researchers from Unicamp’s Institute of Mathematics, Statistics and Scientific Computing, show that if we maintain isolation for the next two weeks (at the same level as last week), the country will save one life every 0.5 minutes. This means 6,945 lives saved between 06/26 and 07/09 only. The system is updated daily and can be accessed at this link .
Until June 25, Brazil registered 1,233,147 cases of Covid-19, with 55,054 dead and 649,908 cases of people recovered.[:es]Unos 36 millones de personas tuvieron dificultades para encontrar trabajo en Brasil en mayo. Esto es lo que señala PNAD-COVID19, una encuesta realizada por IBGE en colaboración con el Ministerio de Salud . El número abarca tanto a las personas que buscaron empleo pero que no lo encontraron, como a las que ni siquiera buscaron trabajo debido a Covid-19 o por la falta de oportunidades en la región donde vivían.
Según la encuesta, el 36,4% de los brasileños que trabajaban el mes pasado tenían ingresos efectivos más bajos. La diferencia fue -18,6% entre lo que generalmente recibieron (R $ 2.320) y lo que realmente recibieron en mayo (R $ 1.899).
Aunque el impacto del aislamiento social en la economía es un fenómeno esperado y ya identificado en varios países, se necesita precaución al interpretar este escenario. Esto es lo que evalúa Vilma Santana, profesora del Instituto de Salud Colectiva de la UFBA. “No hay necesidad de discutir el impacto de la pandemia y las medidas de control en la economía sin considerar lo que se ha ganado con las vidas salvadas, la reducción en el número de personas enfermas y los costos de tratar a pacientes críticos y licencia remunerada del trabajo. No podemos intercambiar muertes por trabajos ”, dice la maestra.
Para ella, es necesario observar la experiencia de otros países que enfrentaron medidas de distanciamiento y garantizaron el control de la pandemia antes de la reanudación de la economía. “China, por ejemplo, que tiene casi 1.400 millones de habitantes, fue el primer país en hacer frente a la pandemia y no alcanzó las 5.000 muertes. Mientras tanto, Brasil, Estados Unidos y Suecia tienen un comportamiento errático, sin coordinación y políticas consistentes ”, dice.
Los datos de la plataforma “Vidas salvadas en Brasil por aislamiento social”, creada por investigadores del Instituto de Matemáticas, Estadística e Informática Científica de la Unicamp, muestran que si mantenemos el aislamiento durante las próximas dos semanas (al mismo nivel que la semana pasada), el país ahorrará una vida cada 0.5 minutos. Eso significa que solo se salvaron 6,945 vidas entre el 26/06 y el 07/09. El sistema se actualiza diariamente y se puede acceder en este enlace .
Hasta el 25 de junio, Brasil registró 1.233.147 casos de Covid-19, con 55.054 muertos y 649.908 casos de personas recuperadas.[:]