Nos dias 17 e 18 de outubro, a equipe do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA participou da Oficina de Trabalho Projetos de Formação para o SUS Digital, realizada na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília. A atividade reuniu representantes de diversas instituições para discutir e alinhar as estratégias de formação no âmbito do Programa (Trans) Formação para o SUS Digital, coordenado pela Secretaria de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde (SEIDIGI/MS).
Participaram da mesa de abertura do evento a secretária da SEIDIGI, Ana Estela Haddad, o diretor de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde (DEMAS), Paulo Sellera, a diretora do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), Paula Xavier, o diretor do Departamento de Saúde Digital (DESD/SEIDIGI), Cleinaldo Costa, e o professor Naomar Almeida Filho, consultor da SEIDIGI.
A equipe do ISC/UFBA, liderada pelo professor Luis Eugenio de Souza, diretor do Instituto, apresentou o projeto de formação que visa capacitar trabalhadores da saúde para atuar no contexto digital do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta do ISC inclui a oferta de cursos voltados para a transformação dos saberes técnicos e práticos, com foco na saúde digital e na avaliação e monitoramento de sistemas de saúde.
Durante a apresentação, foram abordados os objetivos de formar profissionais altamente qualificados, promover o intercâmbio interinstitucional e produzir conhecimento tecnocientífico sobre as práticas de saúde. O projeto também destaca a importância de aplicar inovações tecnológicas no SUS, visando melhorar o acesso e a qualidade dos serviços de saúde digital.
O professor Luis Eugenio de Souza também destacou a abrangência nacional do projeto de formação, que será oferecido para todo o Brasil através da Rede UNA-SUS. Além das atividades focadas na capacitação, o programa prevê apoio técnico às redes de saúde e atividades de monitoramento e avaliação, envolvendo as secretarias estaduais e municipais de saúde, juntamente com o Ministério da Saúde. Esse apoio faz parte do processo de formulação e implantação da Política Nacional de Avaliação em Saúde, um dos pilares da modernização do SUS Digital.
Em relação às metas para os próximos quatro anos, o projeto inclui a certificação de 2.000 profissionais em saúde digital nas modalidades de atualização e aperfeiçoamento, além da formação de 900 especialistas, 90 mestres e 30 doutores. Para o campo de monitoramento e avaliação em saúde, a meta é certificar 1.000 profissionais nas modalidades de atualização e aperfeiçoamento, com a formação de 300 especialistas, 60 mestres e 10 doutores. Essas iniciativas visam garantir uma força de trabalho qualificada para enfrentar os desafios da transformação digital no Sistema Único de Saúde (SUS).
A oficina foi marcada por debates sobre metodologias educacionais, estratégias de avaliação e a integração dessas iniciativas ao Programa SUS Digital. O evento também contou com a participação de representantes da Fiocruz, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR). Cada instituição apresentou suas respectivas propostas de formação, contribuindo para os debates sobre a capacitação de profissionais no contexto do SUS Digital.