Da esquerda para a direita, Eduardo Mota (pró-reitor de Planejamento e Orçamento), Ronaldo Oliveira (pró-reitor de Pesquisa, Criação e Inovação), Luis Eugenio de Souza (diretor do ISC), Paulo Miguez (reitor da UFBA) e Olivia Oliveira (coordenadora de Pesquisa da UFBA).

“A nossa vida é presencial e esta casa vive do encontro de pessoas”. A declaração é do professor Paulo Miguez, novo reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), durante a abertura oficial do semestre 2022.2, realizada na última sexta-feira (19), no auditório do Instituto de Saúde Coletiva (ISC).

A mesa de abertura do evento foi coordenada pelo diretor do Instituto de Saúde Coletiva, Luis Eugenio de Souza, e contou também com a participação do pró-reitor de Pesquisa, Criação e Inovação, Ronaldo Oliveira, o pró-reitor de Planejamento e Orçamento, Eduardo Mota, e a coordenadora de Pesquisa da UFBA, Olivia Oliveira.

Paulo Miguez, reitor da UFBA

A sessão foi o primeiro compromisso de Paulo Miguez após tomar posse no cargo de reitor da UFBA. Na ocasião, o professor destacou o interesse de continuar a proposta de gestão da universidade, iniciada pelo ex-reitor João Carlos Sales, baseada na transparência das ações e no diálogo com a comunidade. “A nossa responsabilidade é garantir que esse tecido, trabalhado pacientemente ao longo de oito anos, continuará cada vez mais resistente”, pontuou.

Paulo Miguez abordou os principais desafios impostos às universidades públicas nos últimos anos, a exemplo dos bloqueios e contingenciamentos orçamentários, e ressaltou a importância da retomada total das atividades presenciais para manter a universidade mais viva. “Seguiremos juntos na defesa da universidade pública e com a UFBA no coração”, disse.

Espaço de acolhimento

Marcelo Castellanos, coordenador do PPGSC

Na sessão especial de acolhimento, os estudantes foram recepcionados pelo coordenador do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva (PPGSC), Marcelo Castellanos, que destacou os esforços de todo o corpo docente e técnico para a retomada das atividades presenciais no Instituto. “Precisamos olhar as pessoas nos seus contextos e nas duas dinâmicas, para ampliar os nossos horizontes e possiblidades de ação. Não estamos aqui para reproduzir, mas para produzir, viver, trocar e nos desafiar”, disse.

Para o diretor do Instituto de Saúde Coletiva, Luis Eugenio de Souza, o novo semestre exigirá maior resiliência e resistência de toda a comunidade universitária diante dos diversos desafios que se apresentam ao ensino, à pesquisa e à extensão. “Mas já estamos nessa luta há muito tempo e vamos continuar em frente”, avaliou o professor.

Luis Eugenio de Souza, diretor do ISC

Luis Eugenio de Souza comemorou a retomada das atividades presenciais no ISC, ressaltando o significado do ambiente acadêmico para o processo de formação dos pesquisadores, professores e profissionais do campo da Saúde Coletiva. “Essa formação vai muito além da sala de aula, faz-se, sobretudo, pelo desenvolvimento das competências, atitudes e habilidades aprendidas através do exemplo, da convivência e da observação do comportamento um do outro. E é isso que o ambiente universitário se propõe a fazer”, disse.

Durante a sessão, foram apresentados dados de uma consulta realizada com os estudantes para avaliar os impactos da covid-19 na vida acadêmica e as expectativas sobre a retomada das atividades presenciais. “Nós entendemos a importância e o significado desse retorno e desejamos que a nossa comunidade esteja ainda mais unida, atenta e fortalecida”, destacou Rachel Moura, representante da coordenação estudantil.

Além do diretor, a mesa de acolhimento contou ainda com a participação da pedagoga Vivian Vieira, da vice-diretora do Instituto de Saúde Coletiva, Joilda Ney, e do vice-coordenador do PPGSC, Federico Costa.

A sessão também foi dedicada à memória do professor Sebastião Loureiro, que faleceu no dia 15 de agosto de 2021, aos 83 anos.

Retrato de Experiências

Desafiador, aprendizado e sobrevivência. Essas são algumas palavras mais citadas por estudantes e professores para definir as experiências adquiridas com a pandemia de Covid-19 e traduzir as expectativas para o semestre 2022.2. A nuvem de palavras construída foi resultado da dinâmica de acolhimento aplicada pela pedagoga do ISC, Vivian Vieira.

À esquerda, Dora Souza; à direita, Rosana Bezerra

A doutoranda Dora Souza, de 65 anos, escolheu a palavra “evolução” para traduzir a própria trajetória de vida, marcada recentemente pelo retorno à universidade. Formada em Medicina na década de 80, encontrou na aposentadoria a oportunidade que faltava para seguir o sonho de cursar o doutorado. “Este é mais um compromisso que tenho com a minha família. Fui a primeira a fazer um curso superior e, provavelmente, serei a primeira a concluir o doutorado. Estar aqui me deixa muito emocionada”, disse.

Ao lado de Dora, na primeira fila do auditório do ISC, estava a amiga Rosana Bezerra, de 61 anos. A médica aposentada afastou-se da carreira acadêmica em 1996, quando concluiu o curso de mestrado. A partir daí, seguiu a carreira de auditora na Secretaria Estadual de Saúde, onde conheceu Dora, seu principal incentivo para retornar à universidade. “Este doutorado significa para mim mais aprendizado, renovação e dedicação. A minha meta é ter cada vez mais vitalidade para seguir em frente”, concluiu.