O estudo “Avaliação e Análise de Programas de Transferência Condicionada de Renda e Mortalidade Infantil na América Latina”, liderado por pesquisadores do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, foi destaque na edição do dia 1º de agosto do jornal EL PAÍS. A publicação repercute os resultados da pesquisa que quantificou o impacto positivo dos programas, como o Bolsa Família, em três países: Brasil, México e Equador.
Segundo o levantamento, nos últimos 20 anos, essas iniciativas governamentais foram responsáveis por evitar quase 740 mil mortes de crianças menores de 5 anos, resultando em uma queda de 24% na taxa de mortalidade infantil.
O estudo demonstrou que, quanto mais consolidados e monitorados forem os programas de transferência de renda, maiores serão os resultados alcançados. Os municípios com maior cobertura dos programas também apresentaram menor incidência de doenças relacionadas à pobreza, como diarreia, desnutrição, tuberculose, malária e HIV/AIDS, entre outras.
“Dado o cenário atual de múltiplas crises e extrema vulnerabilidade, incluindo a crise climática, o conflito na Ucrânia e a crise pós-covid, além do aumento da inflação, é crucial identificar o retorno das políticas de proteção social”, explica o pesquisador Davide Rasella (ISC/UFBA) em entrevista ao EL PAÍS.
Diante desse cenário, a pesquisa aponta para a necessidade de os governos da América Latina priorizarem tais programas, para garantir sua continuidade e expansão e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida das populações mais vulneráveis e evitar que a região enfrente uma catástrofe humanitária de proporções ainda maiores.
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