[:pb]Com informações de Raquel Saraiva (Rede CoVida)
As mulheres negras são a principal frente de trabalho no cuidado dos paciente com Covid-19 e, por isso, constituem o grupo de profissionais de saúde mais vulneráveis no Brasil. O alerta está no trabalho “A saúde dos profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia de Covid-19”, realizado por pesquisadores da Rede CoVida com base na revisão de 57 artigos publicados em outros países. Os resultados foram apresentados no webinar de lançamento do Boletim CoVida #5, nesta segunda-feira, 18. Assista na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=F4zon1Cs0xQ
O Boletim aponta que mais de 50% dos médicos são homens e 77,7% são brancos. Já entre as profissionais de enfermagem, 85,1% são mulheres e 53% delas são negras. E são essas profissionais, segundo o Boletim CoVida, que estão mais expostas aos riscos de contaminação. Essa é uma realidade do mundo, pois entre todos os profissionais que lidam com os pacientes, os enfermeiros são os mais vulneráveis à contaminação por ter contato direto com os pacientes na maior parte do trabalho.
Segundo a American Nurses Association, mais de 20 milhões de enfermeiros em todo o mundo estão envolvidos no enfrentamento da pandemia. No Hospital Tongji, na China, 72,2% dos profissionais positivos para a Covid-19 atuavam em enfermarias, 18,5% na área de tecnologia médica e apenas 3,7% estavam na emergência. Por isso os pesquisadores destacam a importância do estabelecimento de protocolos hospitalares direcionados a esses profissionais para reduzir o risco de infecção pelo vírus.
Os artigos destacam a importância do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como a melhor forma de proteger esse grupo contra o novo coronavírus. Contudo, o uso desses equipamentos pode levar a iIrritação na pele, feridas, infecções secundárias e outras doenças de pele são problemas muito comuns entre profissionais de saúde que tratam pacientes de Covid-19, pelo uso da máscara e pela higiene frequente das mãos. Cerca de 97% deles apresentam lesões que afetam a “ponte” do nariz, mãos, bochecha e testa. Para evitar esses efeitos, os especialistas recomendam o uso dos EPIs obedecendo precisamente os padrões de uso, além das especificações de esterilização e limpeza.
Embora seja evidente que o risco de contaminação é o maior problema enfrentado pelos profissionais de saúde na pandemia, a gravidade entre os mais jovens chamou a atenção dos pesquisadores. Em um estudo realizado na China, os profissionais com caso grave da doença tinham em média 38 anos, contra 47 no grupo de casos mais leves. Dentre 54 profissionais de saúde que foram infectados no hospital avaliado, 40 desenvolveram a forma mais grave da infecção.
Saúde mental
Além dessas questões sobre o uso de EPIs, o Boletim aponta a importância de cuidar da saúde mental desses trabalhadores. Aumento da ansiedade, depressão, insônia, maior uso de drogas e medo de se infectar ou transmitir a infecção aos familiares são relatos comuns entre profissionais de saúde que prestam atendimento direto aos pacientes. Além disso, a intensa carga de trabalho e o sentimento de impotência geram estresse crônico, exaustão e esgotamento. Também foram relatados como fatores de estresse o cuidado a colegas de trabalho que podem ficar gravemente doentes ou morrer de Covid-19, a escassez de EPIs, que intensifica o medo de exposição ao vírus no trabalho, assumir papéis clínicos novos ou desconhecidos por causa da demanda e o acesso limitado a serviços de saúde mental.
A tendência é que esses quadros piorem ainda mais num contexto de escassez de mão-de-obra, já que muitos profissionais vem sendo afastados por contraírem o Covid-19 e o número de pacientes vem aumentando. O trabalho mostra ainda que as mulheres, as enfermeiras e profissionais envolvidos no diagnóstico, tratamento ou prestação de cuidados de enfermagem a pacientes do novo coronavírus estão entre os grupos mais afetados.
O Boletim CoVida traz propostas para os gestores de como agir e as medidas que países referências adotaram para cuidar da população.
Acesse: https://covid19br.org/relatorios/boletim-covida-5/[:en]Black women are the main work front in caring for patients with Covid-19 and, therefore, constitute the most vulnerable group of health professionals in Brazil. The warning is in the work “The health of health professionals in facing the Covid-19 pandemic”, carried out by researchers at Rede CoVida based on the review of 57 articles published in other countries. The results were presented in the launch webinar for the CoVida # 5 Bulletin, this Monday, 18. Watch in full: https://www.youtube.com/watch?v=F4zon1Cs0xQ
The Bulletin points out that more than 50% of doctors are men and 77.7% are white. Among nursing professionals, 85.1% are women and 53% are black. And it is these professionals, according to the CoVida Bulletin, who are most exposed to the risks of contamination. This is a reality in the world, because among all professionals who deal with patients, nurses are the most vulnerable to contamination due to having direct contact with patients in most of the work.
According to the American Nurses Association, more than 20 million nurses worldwide are involved in coping with the pandemic. At Tongji Hospital in China, 72.2% of the professionals positive for Covid-19 worked in wards, 18.5% in the medical technology area and only 3.7% were in the emergency room. For this reason, researchers highlight the importance of establishing hospital protocols for these professionals to reduce the risk of infection by the virus.
The articles highlight the importance of using Personal Protective Equipment (PPE) as the best way to protect this group against the new coronavirus. However, the use of this equipment can lead to skin irritation, wounds, secondary infections and other skin diseases are very common problems among health professionals who treat Covid-19 patients, due to the use of the mask and frequent hand hygiene. About 97% of them have lesions that affect the “bridge” of the nose, hands, cheek and forehead. To avoid these effects, experts recommend the use of PPE, precisely obeying the usage standards, in addition to the sterilization and cleaning specifications.
Although it is evident that the risk of contamination is the biggest problem faced by health professionals in the pandemic, the severity among the youngest has caught the attention of researchers. In a study conducted in China, professionals with a severe case of the disease were on average 38 years old, against 47 in the group of milder cases. Among 54 health professionals who were infected in the evaluated hospital, 40 developed the most severe form of the infection.
Mental health
In addition to these questions about the use of PPE, the Bulletin points out the importance of caring for the mental health of these workers. Increased anxiety, depression, insomnia, greater use of drugs and fear of becoming infected or transmitting the infection to family members are common reports among health professionals who provide direct care to patients. In addition, the intense workload and the feeling of helplessness generate chronic stress, exhaustion and exhaustion. Stress factors also included the care of co-workers who may become seriously ill or die from Covid-19, the shortage of PPE, which intensifies the fear of exposure to the virus at work, taking on new or unknown clinical roles because of demand and limited access to mental health services.
The tendency is that these conditions worsen even more in a context of labor shortages, since many professionals have been dismissed for contracting Covid-19 and the number of patients has been increasing. The work also shows that women, nurses and professionals involved in the diagnosis, treatment or provision of nursing care to patients with the new coronavirus are among the most affected groups.
The CoVida Bulletin offers proposals to managers on how to act and the measures that reference countries have taken to care for the population.
Access: https://covid19br.org/relatorios/boletim-covida-5/[:es]Las mujeres negras son el principal frente de trabajo en el cuidado de pacientes con Covid-19 y, por lo tanto, constituyen el grupo más vulnerable de profesionales de la salud en Brasil. La alerta se encuentra en el trabajo “La salud de los profesionales de la salud ante la pandemia de Covid-19”, realizado por investigadores de Rede CoVida en base a la revisión de 57 artículos publicados en otros países. Los resultados se presentaron en el seminario web de lanzamiento del CoVida # 5 Bulletin, este lunes, 18. Ver en su totalidad: https://www.youtube.com/watch?v=F4zon1Cs0xQ
El Boletín señala que más del 50% de los médicos son hombres y el 77.7% son blancos. Entre los profesionales de enfermería, el 85,1% son mujeres y el 53% son negras. Y son estos profesionales, según el Boletín de CoVida, quienes están más expuestos a los riesgos de contaminación. Esta es una realidad en el mundo, porque entre todos los profesionales que tratan con pacientes, las enfermeras son las más vulnerables a la contaminación debido al contacto directo con los pacientes en la mayor parte del trabajo.
Según la Asociación Americana de Enfermeras, más de 20 millones de enfermeras en todo el mundo están involucradas en hacer frente a la pandemia. En el Hospital Tongji en China, el 72.2% de los profesionales positivos para Covid-19 trabajaban en salas, el 18.5% en el área de tecnología médica y solo el 3.7% estaban en la sala de emergencias. Por esta razón, los investigadores destacan la importancia de establecer protocolos hospitalarios para que estos profesionales reduzcan el riesgo de infección por el virus.
Los artículos destacan la importancia de usar el Equipo de Protección Personal (EPP) como la mejor manera de proteger a este grupo contra el nuevo coronavirus. Sin embargo, el uso de este equipo puede provocar irritación de la piel, heridas, infecciones secundarias y otras enfermedades de la piel son problemas muy comunes entre los profesionales de la salud que tratan a pacientes con Covid-19, debido al uso de la máscara y la higiene frecuente de las manos. Alrededor del 97% de ellos tienen lesiones que afectan el “puente” de la nariz, manos, mejillas y frente. Para evitar estos efectos, los expertos recomiendan el uso de EPP, siguiendo con precisión los estándares de uso, además de las especificaciones de esterilización y limpieza.
Aunque es evidente que el riesgo de contaminación es el mayor problema que enfrentan los profesionales de la salud en la pandemia, la gravedad entre los más jóvenes ha llamado la atención de los investigadores. En un estudio realizado en China, los profesionales con un caso grave de la enfermedad tenían en promedio 38 años, frente a 47 en el grupo de casos más leves. Entre 54 profesionales de la salud que fueron infectados en el hospital evaluado, 40 desarrollaron la forma más grave de la infección.
Salud mental
Además de estas preguntas sobre el uso de EPP, el Boletín señala la importancia de cuidar la salud mental de estos trabajadores. El aumento de la ansiedad, la depresión, el insomnio, el mayor uso de drogas y el miedo a infectarse o transmitir la infección a los miembros de la familia son informes comunes entre los profesionales de la salud que brindan atención directa a los pacientes. Además, la intensa carga de trabajo y la sensación de impotencia generan estrés crónico, agotamiento y agotamiento. Los factores de estrés también incluyeron el cuidado de compañeros de trabajo que pueden enfermarse gravemente o morir a causa de Covid-19, la escasez de EPP, que intensifica el miedo a la exposición al virus en el trabajo, asumiendo roles clínicos nuevos o desconocidos debido a demanda y acceso limitado a servicios de salud mental.
La tendencia es que estas condiciones empeoran aún más en un contexto de escasez de mano de obra, ya que muchos profesionales han sido despedidos por contratar Covid-19 y el número de pacientes ha aumentado. El trabajo también muestra que las mujeres, enfermeras y profesionales involucrados en el diagnóstico, tratamiento o provisión de atención de enfermería a pacientes con el nuevo coronavirus se encuentran entre los grupos más afectados.
El Boletín CoVida ofrece propuestas a los gerentes sobre cómo actuar y las medidas que los países de referencia han tomado para cuidar a la población.
Acceso: https://covid19br.org/relatorios/boletim-covida-5/[:]