[:pb]Rodas de conversa para discutir expectativas e experiências. Debate sobre mudanças climáticas e o impacto sobre a saúde coletiva. A Semana de Abertura do Ano Letivo do Instituto de Saúde Coletiva ofereceu uma programação especial para os estudantes do primeiro semestre de 2020. As atividades tiveram início na última segunda-feira (2), no auditório do ISC/UFBA.
Na mesa de abertura do evento, os estudantes receberam as primeiras informações sobre o funcionamento do Instituto e também foram apresentados ao Plano Diretor, um instrumento gerencial que pauta as principais ações e formas de organização do ISC.
“Nosso desejo é que os alunos façam do ISC uma trajetória que reúna não só o cumprimento das obrigações acadêmicas, mas que eles possam aproveitar o que de melhor a gente tem a oferecer: a qualidade da formação”, destacou a professora Isabela Cardoso, diretora do Instituto. Ela também chamou a atenção para o diálogo aberto com os estudantes e a garantia da representatividade do corpo discente através da participação nos órgãos colegiados.
Durante a semana, os estudantes também puderam realizar visitas aos programas integrados de pesquisa, ensino e cooperação técnica. O modelo adotado pelo Instituto envolve docentes, pesquisadores, alunos de pós-graduação e graduação, além de parcerias com diversas instituições externas, a exemplo das secretarias de saúde. “O nosso desejo é que os alunos possam se incorporar aos projetos, aos movimentos, às atividades de extensão e à cooperação técnica oferecidos por esses programas”, avaliou a diretora.
Troca de experiências
Para a nova mestranda Vanessa Rocha, ingressar no Instituto de Saúde Coletiva era um sonho cultivado desde 2017, quando concluiu o curso de Psicologia na UFBA. “Desde a minha graduação, percebi que os professores que eu mais admirava tinham feito pós-graduação no ISC. Essa referência foi fundamental para minha escolha”, revela.
Segundo a estudante, a semana trouxe a oportunidade de conhecer melhor o programa de ensino através do contato com os alunos mais antigos. “Foi muito tranquilizador ouvir aqueles que estão aqui há mais tempo”, afirma.
Neste ano, o ISC elaborou uma programação de acolhimento que privilegiou os momentos de diálogo e interação entre os próprios estudantes. “O objetivo foi reforçar a importância da interlocução e do convívio entre os alunos que estão ingressando e aqueles veteranos, pois nós entendemos que a formação em saúde coletiva envolve a escuta atenta e a disponibilidade de abertura para aprimorar as nossas habilidades, nossas competências e, principalmente, para consolidar experiências”, explica o professor Marcelo Castellanos, coordenador de pós-graduação do ISC/UFBA.
Depois de ter a dissertação defendida e aprovada há menos de uma semana, a estudante Fabiana Palma já retorna ao ISC agora como estudante de doutorado. Apesar de já conhecer bastante sobre o programa de pós-graduação, não abriu mão de compartilhar com os novos colegas as experiências e, claro, as novas expectativas que traz na bagagem. Para ela, o encontro também é um momento oportuno para discutir sobre o cenário político e os desafios para áreas como saúde e educação.
“É hora de discutir questões como o corte de bolsas, a redução da verba da educação e de que maneira isso nos impacta enquanto estudantes de universidade pública. Como vamos enfrentar tudo isso ao longo da nossa formação? Precisamos nos organizar coletivamente para enfrentar esse cenário”, observou.
A programação também incluiu aulas de informática com orientações sobre o uso de ferramentas de pesquisa bibliográfica em ambientes virtuais, ministradas pela professora Martha Martinez, no Laboratório de Informática do ISC/UFBA. Os estudantes também realizaram visitação à Biblioteca Universitária de Saúde (BUS) para conhecer de perto as publicações disponíveis e formas de acesso ao acervo.
Mudanças climáticas e saúde coletiva
Com o objetivo de ampliar o olhar dos estudantes sobre questões atuais e urgentes, o ISC trouxe o tema “Mudanças climáticas e saúde coletiva” para o centro do debate. O assunto foi pauta do primeiro Seminário de Pesquisa do semestre, realizado na última sexta-feira (6), no auditório do Instituto.
A sessão, promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, teve como convidado Carlos Roberto Franke, professor de Bioclimatologia e Preservação Ambiental da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da UFBA. Durante a apresentação, ele discutiu as principais consequências das mudanças climáticas para o planeta o papel da ação humana nesse processo.
Para a plateia, formada majoritariamente por estudantes, Franke chamou a atenção para a influência das fake news e o enfraquecimento da consciência crítica sobre as principais questões que envolvem as mudanças climáticas. “Se vocês quiserem saber a verdade, vão ter que buscar conhecimento”, destacou.
Ele também apontou os maiores problemas de saúde decorrentes do desequilíbrio ambiental e o impacto sobre as populações mais vulneráveis. “O risco das pessoas mais pobres se infectarem é muito maior em relação àqueles que vivem nos bairros mais urbanizados. São ambientes expostos às enchentes, à presença de mosquitos e à reprodução de diversos vetores de bactérias e vírus”. A saída, segundo o professor, está no investimento da educação, no reflorestamento, na mudança da matriz energética dos países e em novos modelos de governança. “O desafio é grande e o tempo é curto”, concluiu.
E você acompanhar, na integra, a apresentação do professor Carlos Roberto Franke, além do debate com a plateia, assistindo ao vídeo abaixo.
[:en]Conversation circles to discuss expectations and experiences. Debate on climate change and the impact on public health. The Opening Week of the Academic Year of the Collective Health Institute offered a special program for students in the first semester of 2020. The activities started last Monday (3), in the auditorium of ISC / UFBA.
At the opening table of the event, students received the first information about the functioning of the Institute and were also presented to the Master Plan, a management tool that guides the main actions and forms of organization of the ISC.
“Our desire is for students to make ISC a trajectory that brings together not only the fulfillment of academic obligations, but that they can take advantage of the best that we have to offer: the quality of training,” said Professor Isabela Cardoso, director of the Institute. She also drew attention to the open dialogue with students and ensuring the representation of the student body through participation in collegiate bodies.
During the week, students were also able to visit the integrated research, teaching and technical cooperation programs. The model adopted by the Institute involves teachers, researchers, graduate and undergraduate students, in addition to partnerships with several external institutions, such as the health departments. “Our desire is that students can join the projects, movements, extension activities and technical cooperation offered by these programs”, evaluated the director.
Exchange of experiences
For the new master student Vanessa Rocha, joining the Collective Health Institute was a dream that had been cultivated since 2017, when she completed the Psychology course at UFBA. “Since my graduation, I realized that the professors that I admired the most had done postgraduate studies at ISC. This reference was fundamental for my choice ”, he reveals.
According to the student, the week brought the opportunity to learn more about the teaching program through contact with older students. “It was very reassuring to hear those who have been here for a long time,” he says.
This year, ISC developed a welcoming program that favored moments of dialogue and interaction between the students themselves. “The objective was to reinforce the importance of dialogue and interaction between incoming students and those veterans, as we understand that public health training involves attentive listening and the availability of openness to improve our skills, our competences and, mainly to consolidate experiences ”, explains professor Marcelo Castellanos, ISC / UFBA graduate coordinator.
After having her dissertation defended and approved less than a week ago, student Fabiana Palma is now returning to ISC now as a doctoral student. Although he already knows a lot about the graduate program, he did not give up on sharing his experiences with new colleagues and, of course, the new expectations he brings with him. For her, the meeting is also an opportune moment to discuss the political scenario and the challenges for areas such as health and education.
“It is time to discuss issues such as cutting scholarships, reducing education funding and how it impacts us as students at a public university. How are we going to face all of this in the course of our training? We need to organize ourselves collectively to face this scenario ”, he observed.
The program also included computer classes with guidance on the use of bibliographic research tools in virtual environments, taught by Professor Martha Martinez, at the ISC / UFBA Computer Laboratory. Students also visited the University Health Library (BUS) to learn more about available publications and ways to access the collection.
Climate change and collective health
In order to broaden students’ views on current and urgent issues, ISC brought the theme “Climate change and public health” to the center of the debate. The subject was the subject of the first Research Seminar of the semester, held last Friday (6), in the Institute’s auditorium.
The session, promoted by the Graduate Program in Collective Health, was invited by Carlos Roberto Franke, professor of Bioclimatology and Environmental Preservation at the UFBA School of Veterinary Medicine and Zootechnics. During the presentation, he discussed the main consequences of climate change for the planet and the role of human action in this process.
For the audience, made up mostly of students, Franke drew attention to the influence of fake news and the weakening of critical awareness of the main issues surrounding climate change. “If you want to know the truth, you will have to seek knowledge,” he said.
He also pointed out the biggest health problems arising from environmental imbalance and the impact on the most vulnerable populations. “The risk of the poorest people becoming infected is much greater compared to those who live in the most urbanized neighborhoods. They are environments exposed to floods, the presence of mosquitoes and the reproduction of various vectors of bacteria and viruses ”. The way out, according to the professor, is to invest in education, in reforestation, in changing the energy matrix of countries and in new governance models. “The challenge is great and time is short”, he concluded.
And you can follow, in full, the presentation of Professor Carlos Roberto Franke, in addition to the debate with the audience, watching the video below.
[:es]Círculos de conversación para discutir expectativas y experiencias. Debate sobre el cambio climático y el impacto en la salud pública. La semana de apertura del año académico del Instituto de Salud Colectiva ofreció un programa especial para estudiantes en el primer semestre de 2020. Las actividades comenzaron el lunes pasado (3), en el auditorio de ISC / UFBA.
En la mesa de apertura del evento, los estudiantes recibieron la primera información sobre el funcionamiento del Instituto y también fueron presentados al Plan Maestro, una herramienta de gestión que guía las principales acciones y formas de organización del ISC.
“Nuestro deseo es que los estudiantes hagan de ISC una trayectoria que reúna no solo el cumplimiento de las obligaciones académicas, sino que puedan aprovechar lo mejor que tenemos para ofrecer: la calidad de la capacitación”, dijo la profesora Isabela Cardoso, directora del instituto. También llamó la atención sobre el diálogo abierto con los estudiantes y aseguró la representación del cuerpo estudiantil a través de la participación en cuerpos colegiados.
Durante la semana, los estudiantes también pudieron visitar los programas integrados de investigación, enseñanza y cooperación técnica. El modelo adoptado por el Instituto involucra a profesores, investigadores, estudiantes de posgrado y pregrado, además de asociaciones con varias instituciones externas, como los departamentos de salud. “Nuestro deseo es que los estudiantes puedan unirse a los proyectos, movimientos, actividades de extensión y cooperación técnica que ofrecen estos programas”, evaluó el director.
Intercambio de experiencias.
Para la nueva estudiante de maestría Vanessa Rocha, unirse al Instituto de Salud Colectiva fue un sueño cultivado desde 2017, cuando completó el curso de Psicología en la UFBA. “Desde mi graduación, me di cuenta de que los profesores que más admiraba habían realizado estudios de posgrado en ISC. Esta referencia fue fundamental para mi elección ”, revela.
Según el estudiante, la semana trajo la oportunidad de aprender más sobre el programa de enseñanza a través del contacto con estudiantes mayores. “Fue muy tranquilizador escuchar a los que han estado aquí por mucho tiempo”, dice.
Este año, ISC desarrolló un programa de bienvenida que favoreció los momentos de diálogo e interacción entre los propios estudiantes. “El objetivo era reforzar la importancia del diálogo y la interacción entre los estudiantes entrantes y esos veteranos, ya que entendemos que la capacitación en salud pública implica una escucha atenta y la disponibilidad de apertura para mejorar nuestras habilidades, nuestras competencias y, principalmente para consolidar experiencias ”, explica el profesor Marcelo Castellanos, coordinador de posgrado de ISC / UFBA.
Después de que su tesis fue defendida y aprobada hace menos de una semana, la estudiante Fabiana Palma ahora regresa al ISC ahora como estudiante de doctorado. Aunque ya sabe mucho sobre el programa de posgrado, no dejó de compartir sus experiencias con nuevos colegas y, por supuesto, las nuevas expectativas que trae consigo. Para ella, la reunión también es un momento oportuno para discutir el escenario político y los desafíos para áreas como la salud y la educación.
“Es hora de discutir temas como recortar becas, reducir los fondos para educación y cómo nos impacta como estudiantes en una universidad pública. ¿Cómo vamos a enfrentar todo esto en el curso de nuestro entrenamiento? Necesitamos organizarnos colectivamente para enfrentar este escenario ”, observó.
El programa también incluyó clases de computación con orientación sobre el uso de herramientas de investigación bibliográfica en entornos virtuales, impartidas por la profesora Martha Martínez, en el Laboratorio de Computación ISC / UFBA. Los estudiantes también visitaron la Biblioteca de Salud de la Universidad (BUS) para obtener más información sobre las publicaciones disponibles y las formas de acceder a la colección.
Cambio climático y salud colectiva.
Con el fin de ampliar las opiniones de los estudiantes sobre temas actuales y urgentes, ISC trajo el tema “Cambio climático y salud pública” al centro del debate. El tema fue el tema del primer Seminario de Investigación del semestre, celebrado el pasado viernes (6), en el auditorio del Instituto.
La sesión, promovida por el Programa de Posgrado en Salud Colectiva, fue invitada por Carlos Roberto Franke, profesor de Bioclimatología y Conservación del Medio Ambiente en la Facultad de Medicina Veterinaria y Zootecnia de la UFBA. Durante la presentación, discutió las principales consecuencias del cambio climático para el planeta y el papel de la acción humana en este proceso.
Para la audiencia, compuesta principalmente por estudiantes, Franke llamó la atención sobre la influencia de las noticias falsas y el debilitamiento de la conciencia crítica sobre los principales problemas que rodean el cambio climático. “Si quieres saber la verdad, tendrás que buscar conocimiento”, dijo.
También señaló los mayores problemas de salud derivados del desequilibrio ambiental y el impacto en las poblaciones más vulnerables. “El riesgo de que las personas más pobres se infecten es mucho mayor en comparación con aquellos que viven en vecindarios más urbanizados. Son ambientes expuestos a inundaciones, la presencia de mosquitos y la reproducción de diversos vectores de bacterias y virus ”. La solución, según el profesor, es invertir en educación, reforestación, cambiar la matriz energética de los países y nuevos modelos de gobernanza. “El desafío es grande y el tiempo es corto”, concluyó.
Y puede seguir, en su totalidad, la presentación del profesor Carlos Roberto Franke, además del debate con el público, viendo el video a continuación.
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