[:pb]Segundo o Conselho Nacional de Saúde (CNS), o Ministério da Saúde pretende revisar a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e promover mudanças significativas no modelo assistencial em saúde mental no país. Em reportagem especial publicada pelo jornal Nexo, a psiquiatra Mônica Nunes, professora do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA e membro do Grupo de Trabalho de Saúde Mental da Abrasco, afirmou que a iniciativa vai na contramão de recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) que orientam a ampliação da rede de cuidado da saúde mental.
“Sai um modelo comunitário aberto, psicossocial, com participação de familiares, para um paradigma que tem uma compreensão da saúde mental por meio de marcadores biológicos e diagnósticos. Defendemos que as pessoas são mais complexas que isso e é preciso olhar também para a questão cultural e socioeconômica, que produz sofrimento e não é secundária”, disse a pesquisadora à reportagem (clique aqui para acessar).
Entre as principais mudanças previstas, estão a redução das atribuições dos Caps (Centros de Atenção Psicossocial), ameaças às residências terapêuticas, além do fim do incentivo a hospitais menores. Ao todo, o Ministério propõe revogar 99 portarias relacionadas à política nacional de saúde mental.
Em entrevista concedida ao site Brasil de Fato, Mônica Nunes também destacou que as mudanças vão contra a vontade e necessidade das próprias pessoas atendidas por esses programas, além de significarem o retorno de uma política manicominal, focada em restrições sociais, cujas violações e problemas são comprovadas cientificamente. “Você só melhora situações de sofrimento quando você mantém as pessoas na sua rede social”, disse à publicação.
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