O Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) é um centro de formação avançada que busca desenvolver uma perspectiva inovadora de ensino na área de Saúde Coletiva. Seu modelo de gestão flexível é organizado por programas integrados de pesquisa e cooperação técnica. Essa estrutura matricial propicia a interdisciplinaridade e a articulação permanente com docentes, pesquisadores, profissionais de diversas unidades da UFBA e instituições como organizações não governamentais, secretarias estaduais e municipais de saúde, ministérios, organizações nacionais e internacionais na área de saúde, além de diversos centros de pesquisa no Brasil e no exterior.
Conheça o ISC/UFBA
Apresentação
Objetivos
- Formar docentes, pesquisadores e quadros técnicos em Saúde Coletiva;
- Produzir conhecimentos no campo científico e tecnológico da Saúde Coletiva, a partir dos seus eixos disciplinares fundamentais: Epidemiologia, Planificação & Gestão e Ciências Sociais em Saúde;
- Fomentar projetos de geração e aplicação de tecnologia e de cooperação técnica nas áreas de interesse da Saúde Coletiva;
- Aperfeiçoar a formação em Saúde Coletiva nos cursos de graduação da área de Saúde.
Desenho Institucional
O ISC tem uma estrutura matricial baseada em programas integrados de pesquisa, ensino e cooperação técnica, envolvendo docentes, pesquisadores e alunos de pós-graduação e graduação. A gestão institucional é exercida por uma Congregação, que inclui os coordenadores dos colegiados, responsáveis pelas atividades acadêmicas, e os outros dirigentes da unidade. Em termos de gestão, a busca por agilidade, leveza e flexibilidade é o objetivo do instituto. As atividades-meio são executadas por uma estrutura de apoio institucional compartilhada, coordenada por uma gerência administrativa de programas e projetos.
Administração
• Diretor
Luis Eugenio Portela de Souza
• Vice-Diretora
Joilda Silva Nery
• Coordenadora do Conselho Técnico Científico
Joilda Silva Nery
• Vice-Coordenador do Conselho Técnico Científico
Marcio Santos da Natividade
• Coordenação Acadêmica do ISC
Yara Oyram Ramos Lima
• Vice-Coordenação Acadêmica do ISC
Marcele Carneiro Paim
• Coordenador do Colegiado de Atividades de Pós-Graduação
Florisneide Rodrigues Barreto
• Vice-Coordenador do Colegiado de Atividades de Pós-Graduação
Monique Azevedo Esperidião
• Coordenadora do Colegiado de Atividades de Graduação
Marcele Carneiro Paim
• Vice-Coordenador do Colegiado de Atividades de Graduação
Ismael Henrique da Silveira
• Representantes no Conselho Acadêmico de Ensino da UFBA
Cristiane Abdon Nunes (Titular)
Litza Andrade Cunha (Suplente)
• Representantes no Conselho Acadêmico de Pesquisa e Extensão da UFBA
Mariluce Karla Bomfim de Souza (Titular)
Clarice Santos Mota (Suplente)
• Representantes dos Funcionários ISC
Sônia Malheiros, Italva Macedo, Maria Christina de Souza e Maria Oliveira
Congregação
• Diretor
Luis Eugenio Portela de Souza
• Vice-Diretora
Joilda Silva Nery
• Conselho Técnico Científico
Joilda Silva Nery
• Programa Integrado de Pesquisa e Cooperação Técnica em Saúde Ambiental e do Trabalhador – PISAT
Federico Costa
• Programa Integrado de Pesquisa e Cooperação Técnica em Economia, Tecnologia e Inovação em Saúde – PECS
Marcio Santos da Natividade
• Programa Integrado de Pesquisa e Cooperação Técnica em Gênero e Saúde – MUSA
Ana Paula dos Reis
• Programa Integrado em Epidemiologia e Avaliação de Impactos na Saúde das Populações
Florisneide Rodrigues Barreto
• Programa Integrado de Pesquisa e Cooperação Técnica em Planejamento, Gestão & Avaliação em Saúde – DIRETÓRIO
Monique Azevedo Esperidião
• Programa Integrado de Pesquisa e Cooperação Técnica em Ensino e Vigilância Sanitária – PROVISA
Ana Cristina Souto
• Programa Integrado de Pesquisa e Cooperação Técnica em Comunidade, Família e Saúde – FA-SA
Leny Alves Bomfim Trad
• Programa Integrado de Pesquisa e Cooperação Técnica em Formação e Avaliação da Atenção Básica – GRAB
Cristiane Abdon Nunes
• Representantes Estudantis na Congregação
– Graduação: Catarina Santos Leite (Titular)
– Pós-Graduação: Aline Palmeira (Titular), Letícia Azevedo (Titular), Tiago Bahia (Suplente) e Emmy Paixão (Suplente)
• Representantes dos Funcionários ISC na Congregação
Maria Oliveira (Suplente), Italva Macedo (Titular)
Composição do Colegiado do Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva
• Coordenador
Florisneide Rodrigues Barreto
• Vice-Coordenador
Monique Azevedo Esperidião
• Membros Docentes:
Luis Augusto Vasconcelos da Silva
Marcos Pereira Santos
Mariluce Karla Bomfim de Souza
Monique Azevedo Esperidião
• Representantes Discentes:
Humberto Lago Livramento (Titular Doutorado)
Melsequisete Daniel Vasco (Suplente Doutorado)
João Caio Silva Castro Ferreira (Titular Mestrado)
• Representante Técnico-Administrativo:
Carla Virginia Rodrigues Nery
Composição do Colegiado do Curso de Graduação em Saúde Coletiva
• Coordenadora
Marcele Carneiro Paim
• Vice-Coordenador
Ismael Henrique da Silveira
• Membros:
Berenice Temoteo da Silva
Cristiane Abdon Nunes
Dandara de Oliveira Ramos
Litza Andrade Cunha
• Representantes Discentes:
Émile Reis (Titular)
Iriel Passos (Suplente)
Jemima Rangel (Titular)
Cecília Santana (Suplente)
• Representante Técnico-Administrativo:
Tamara Guimarães Ferreira (Titular)
Histórico
A proposta contemporânea de construção de um novo paradigma para a investigação em saúde e de uma nova prática sanitária no contexto de uma sociedade em crise e em transição, no final do século XX, constitui a “utopia concreta” onde se insere a criação do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA.
As origens do ISC situam-se na experiência de ensino, pesquisa e extensão desenvolvida em 20 anos de Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina (Famed) da UFBA. Nesse processo, foi se configurando a necessidade de um “salto organizativo e político-institucional” que permitisse o pleno exercício das atividades de investigação, formação de pessoal e cooperação técnica interinstitucional, articuladas ao processo de transformações políticas, organizacionais e operativas do sistema de saúde brasileiro, especialmente na região nordeste do país, em particular, na Bahia.
O processo de constituição do ISC envolveu um conjunto de lideranças universitárias, contando com o apoio de representantes do movimento sanitário em nível nacional, gerando a elaboração de propostas sucessivamente aprovadas em todas as instâncias deliberativas da UFBA, culminando com o reconhecimento pelo Conselho Nacional de Educação, em maio de 1995.
O Campo da Saúde Coletiva
Saúde Coletiva é uma expressão que designa um campo de saber e de práticas referido à saúde como fenômeno social e, portanto, de interesse público. As origens do movimento de constituição deste campo remontam ao trabalho teórico e político empreendido pelos docentes e pesquisadores de departamentos de instituições universitárias e de escolas de Saúde Pública da América Latina e do Brasil, em particular, ao longo das duas últimas décadas.
A crítica aos sucessivos movimentos de reforma em saúde, originários da Europa e dos Estados Unidos, como os da Saúde Pública e Higiene, Medicina Preventiva, Medicina Comunitária, Medicina de Família e Atenção Primária à Saúde, delineou progressivamente o objeto de investigação e práticas em Saúde Coletiva, que compreende as seguintes dimensões:
- O estado de saúde da população, isto é, condições de saúde de grupos populacionais específicos e tendências gerais do ponto de vista epidemiológico, demográfico, socioeconômico e cultural;
- Os serviços de saúde, abrangendo o estudo do processo de trabalho em saúde, investigações sobre a organização social dos serviços e a formulação e implementação de políticas de saúde, bem como a avaliação de planos, programas e tecnologia utilizada na atenção à saúde;
- O saber sobre a saúde, incluindo investigações históricas, sociológicas, antropológicas e epistemológicas sobre a produção de conhecimentos neste campo e sobre as relações entre o saber “científico” e as concepções e práticas populares de saúde, influenciadas pelas tradições, crenças e cultura de modo geral.
O movimento da Saúde Coletiva
O trabalho teórico e empírico no campo da Saúde Coletiva, desenvolvido em instituições acadêmicas, deu suporte a um movimento político iniciado em meados dos anos 70, em torno da crise da saúde, no contexto das lutas pela democratização do país. Esse movimento difundiu-se a centros de estudos, associações profissionais, sindicatos de trabalhadores, organizações comunitárias, religiosas e partidos políticos, contribuindo para a formulação e execução de um conjunto de mudanças identificadas como a Reforma Sanitária Brasileira.
As proposições desse movimento incluem uma profunda modificação na concepção de saúde e seu entendimento como direito de cidadania e dever do Estado. Postula mudanças no modelo gerencial, organizativo e operativo do sistema de serviços de saúde, na formação e capacitação de pessoal no setor, no desenvolvimento científico e tecnológico nesta área e, principalmente, nos níveis de consciência sanitária e de participação crítica e criativa dos diversos atores sociais no processo de reorientação das políticas econômicas e sociais no país, tendo em vista a melhoria dos níveis de vida e a redução das desigualdades sociais.
Do ponto de vista do SABER, a Saúde Coletiva se articula em um tripé interdisciplinar composto pela Epidemiologia, Administração e Planejamento em Saúde e Ciências Sociais em Saúde, com um enfoque transdisciplinar, que envolve disciplinas auxiliares como a Demografia, Estatística, Ecologia, Geografia, Antropologia, Economia, Sociologia, História e Ciências Políticas, entre outras.
Enquanto PRÁTICA, a Saúde Coletiva propõe um novo modo de organização do processo de trabalho em saúde que enfatiza a promoção da saúde, a prevenção de riscos e agravos, a reorientação da assistência a doentes, e a melhoria da qualidade de vida, privilegiando mudanças nos modos de vida e nas relações entre os sujeitos sociais envolvidos no cuidado à saúde da população.