Fotos: Pedro Garcês

O Instituto de Saúde Coletiva da UFBA participou ativamente da realização do 1º Seminário Nacional de Saúde Quilombola, promovido pelo Ministério da Saúde entre os dias 15 e 17 de agosto, em Alcântara (MA). O evento reuniu pesquisadores, gestores e lideranças quilombolas de todo o país com o objetivo de qualificar a proposta da Política Nacional de Saúde Integral da População Quilombola (PNASQ/SUS) e promover a troca de experiências sobre saúde quilombola.

A equipe do ISC/UFBA integrou a comissão organizadora do evento, com a participação da professora Joilda Nery, vice-diretora do instituto, e dos doutorandos Mateus Brito, Maria Taíres Santos e Silvia Amorim.

Além compor a organização do seminário, a professora Joilda Nery participou da cerimônia de posse do Grupo de Trabalho de Saúde Quilombola – Graça Epifânio, representando a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Ela também contribuiu no painel temático sobre medicinas tradicionais e ancestrais quilombolas, apresentando a experiência do Grupo Zeferina (ISC).

Já os pesquisadores Mateus Brito e Maria Taíres participaram do debate sobre o processo de formulação da Política Nacional de Saúde Integral da População Quilombola (PNASQ/SUS), além de integrarem outros espaços de diálogo durante o seminário.

O evento fortaleceu ainda a economia solidária local, ao mobilizar mais de 70 quilombolas envolvidos em grupos culturais e artesãs que produziram peças especialmente para a ocasião. Durante o seminário, foram realizados cerca de 140 procedimentos de saúde nos quilombos de Alcântara (MA), além de entregas e anúncios voltados à saúde quilombola no município, feitos pelo MIR e pelo Ministério da Saúde. Entre eles, destacam-se a adesão de Alcântara ao Plano Juventude Negra Viva e a oferta de serviços de Telessaúde.

Foto: Pedro Garcês

Ao longo dos três dias de atividades, o evento reuniu mais de 420 pessoas que circularam pelos diferentes espaços do seminário, com mais de 100 territórios quilombolas representados. As discussões culminaram na Carta de Alcântara – Saúde Quilombola, documento consolidado coletivamente e que oferecerá diretriz para se avançar na garantia do direito à saúde de forma equânime para os quilombos do Brasil. A carta será publicada em breve pelo Ministério da Saúde.