Como garantir uma resposta mais equitativa e efetiva ao HIV/aids no Brasil? Esse foi o tema de discussão do Saúde Coletiva em Debate realizado na última sexta-feira, 13 de junho. O evento reuniu os professores Inês Dourado (ISC/UFBA, NEPADI, PPGSC) e Laio Magno (UNEB, ISC/UFBA, IGM/Fiocruz) para discutir os avanços e os desafios da ampliação do acesso à Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) no país.
Coordenado pelo professor Marcos Pereira (ISC/UFBA), o seminário destacou a necessidade urgente de políticas públicas que enfrentem iniquidades estruturais, promovam novas tecnologias de prevenção e garantam acesso aos grupos mais vulnerabilizados, como adolescentes LGBTQIAPN+, travestis, mulheres trans e homens que fazem sexo com homens (HSH).
A professora Inês Dourado apresentou dados sobre novas gerações de PrEP, como os métodos injetáveis de longa duração, e destacou a experiência do estudo PrEP15-19, que demonstrou ampla efetividade do uso entre adolescentes. Ressaltou ainda a importância de ambientes acolhedores e estratégias educativas para garantir uma maior adesão.
O professor Laio Magno abordou a dupla eliminação — das desigualdades e da epidemia —, destacando o papel do autoteste de HIV, os avanços do tratamento com a estratégia indetectável = intransmissível, e os desafios impostos pelo estigma e discriminação.
Os professores defenderam que a PrEP só alcançará seu potencial pleno se estiver aliada a uma resposta política firme, comprometida com os direitos humanos, com o financiamento adequado e com o fortalecimento da participação social.
A íntegra do seminário está disponível no canal do ISC no YouTube (link acima). O vídeo é acessível na Língua Brasileira de Sinais (Libras).





