Neste mês, o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA) celebra o “Maio da Luta Antimanicomial” com uma programação diversificada e engajada. As atividades, que ocorrerão de 06 a 25 de maio, têm como objetivo promover a conscientização e o debate sobre a desinstitucionalização e os direitos na saúde mental.

Entre as ações, destaque para o curso “Reinventar as práticas, as instituições e os direitos na saúde mental”, que será realizado no dia 06 de maio, das 9h às 16h, e no dia 07 de maio, das 9h às 13h, no auditório do ISC/UFBA. Para se inscrever, é necessário preencher o formulário (clique aqui).

Seguem, abaixo, as informações completas das atividades promovidas no “Maio da Luta Antimanicomial”. Junte-se a nós nesta jornada de conscientização e transformação no campo da saúde mental!

PROGRAMAÇÃO MAIO DA LUTA ANTIMANICOMIAL – INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA 

Palestra sobre a desinstitucionalização do Hospital de Custódia e Tratamento, com a professora Mônica Nunes (ISC)

03/05 (sexta-feira) às 11h 

Local: Tribunal da Justiça

Reinventar as práticas, as instituições e os direitos na saúde mental: formação avançada em Saúde Mental e pesquisa colaborativa.  

06/05 (segunda-feira) das 09h às 16h e 07/05 (terça-feira) das 9h às 13h

Local: Auditório Auditório do Instituto de Saúde Coletiva (Canela) 

Organizadores: Mônica Nunes (ISC), Tiago Marques (CES) e Mattia Faustini (CES).

Na última década, em alguns países, as reformas dos cuidados de saúde mental, bem como os debates, nacionais e internacionais, sobre os direitos humanos na saúde mental têm procurado incluir vozes e saberes experienciais dos/as usuário/as, de associações e de ativistas neste campo. No Brasil, esta tendência permanece, contudo, ainda é pouco conhecida pela sociedade em geral e precisa ser reavivada em determinados contextos, como na Bahia.

Resultando de uma parceria entre o projeto PSYGLOCAL – Sofrimento psíquico e direitos humanos: epistemologias da saúde mental, políticas e ativismo na psiquiatria (Lisboa, Portugal e Salvador, Brasil, c. 1950 – c.2020), financiado pela FCT (PTDC/FER-HFC/3810/2021) e a Rede GERAR de Economia Solidária do Instituto de Saúde Coletiva – UFBA e a Associação Metamorfose Ambulante – AMEA, este curso representará um primeiro esforço para aproximar, de forma colaborativa, saberes experienciais e técnico-profissionais, e explorar o impacto desta colaboração na construção de uma nova gramática dos direitos humanos na saúde mental. O curso incluirá comunicações de investigadores/as, visando contextualizar o interesse e importância dos saberes experienciais na saúde mental, mas será, no essencial, facultado por representantes de associações de usuário/as e ativistas. O curso incluirá sessões de formação em novas formas de expressão dos saberes e da experiência, especialmente formação de facilitadores de grupos de pares e de oficinas de poesia. Os temas “o que é uma pesquisa colaborativa?” e “quais são os efeitos desejados de uma pesquisa científica sobre saúde mental para a transformação da sociedade?” orientarão os debates neste curso.

Inscrição: https://forms.gle/6S9DvXGAHew6QsqW6

Intervenientes:

Representantes das seguintes associações e movimentos:

AMEA – Associação Metamorfose Ambulante

CdF – Comunidade de Fala

Associação Papo de Mulher

Saúde mental global: Uma investigação dos arquivos da OMS / Genebra

Dia: 09/05 (quinta-feira) das 14 às 16h

Local: Auditório do Instituto de Saúde Coletiva (Canela) 

Palestrante: Prof. Emmanuel DELILLE (Centre Marc Bloch / Humboldt Universitãt, Berlim)

(Nota: A palestra será ministrada em francês, com tradução sequencial para o português)

Experiências emancipatórias em saúde mental: o caso da Reforma Psiquiátrica Brasileira 

Dia: 10/05 (sexta-feira) das 10h às 12h

Local:  Auditório do Instituto de Saúde Coletiva (Canela)

Expositores: Mônica Nunes (ISC), Tiago Marques (CES) e Mattia Faustine (CES).

Memórias de Piatã: por uma Bahia sem manicômios

10/05 (sexta-feira) das 13h às 17h

Local:  Auditório do Instituto de Saúde Coletiva

Responsáveis pela organização: Comissão de Saúde CRP-03 (COMSAÚDE)

Esquenta para a Parada do Orgulho Louco

Data: 13/05 e 15/05 (das 13h30 às 16h) 

Local: Casa GERAR

Responsáveis: Mabel Jansen, Mattia Faustine e Renata Berenstein

Espaço de criação livre para usuários, estudantes, profissionais e militantes,  impulsionado por provocações poéticas para a produção de cartazes e adereços para a Parada do Orgulho Louco. 

Corpos Vivos: atividade coletiva com mulheres usuárias e profissionais dos serviços de saúde mental 

Facilitadora: Mabel Jansen

Dia: 14/05 (terça)  às 14h

Local: CAPS Pau da Lima

Dia: 28/05 (terça) às 9h 

Local: CAPS Gey Espinheira

A atividade coletiva com as mulheres usuárias e profissionais da Saúde Mental tem como objetivo identificar e compartilhar os sentidos (re)produzidos em relação aos processos de autocuidado e (re)existência, frente às diversas camadas de opressões que atravessam os corpos. Sabe-se que, em grande medida, as violências cotidianas afetam e distanciam o contato das mulheres com o próprio corpo, desconectando-as de suas necessidades, desejos e projetos. Então, a proposta visa através de movimentos e respirações favorecer essa reconexão pessoal e coletiva.

FASM: Festival de Arte e Saúde Mental.

Dia 29/05 (quarta) das 14h às 16h

Local: Espaço Xisto Bahia (Barris)

Festival formado por artistas usuários do sistema de Saúde Mental, profissionais da área  e militantes da luta antimanicomial. Neste espaço, múltiplas linguagens artísticas tomarão o palco do Teatro Xisto com  apresentações nas mais diferentes linguagens (música, teatro, dança, performance, etc). O FASM não apenas dá voz aos artistas que encontram na criação uma forma de enfrentar os desafios da vida, mas também destaca a importância de uma abordagem mais inclusiva, múltipla, artística e antimanicomial em relação à saúde mental. Os interessados em apresentar um número, deverão se inscrever através do formulário abaixo:  

https://forms.gle/8Y7h7ezorMKuUbGVA