O Saúde Coletiva em Debate desta sexta-feira, 22 de novembro, avaliou a resposta dos sistemas de saúde de 15 países durante para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. A sessão contou com a participação das pesquisadoras Lígia Vieira (ISC/UFBA), Monique Esperidião (ISC/UFBA), Sandra Garrido (FOUFBA-ISC/UFBA) e Thaís Aranha (UNEB/UFBA), sob coordenação do professor Jairnilson Paim (ISC/UFBA).
Durante o seminário, foi apresentada uma análise comparativa das respostas dos sistemas de saúde à pandemia de Covid-19 entre 2020 e 2022. O estudo, desenvolvido no âmbito do projeto ObservaCovid, mostrou que a eficácia das estratégias adotadas, como coordenação nacional clara, testagem ampla e vacinação, foi mais determinante para o sucesso do que o tipo de sistema de saúde.
Países como China, Coreia do Sul, Vietnã, Nova Zelândia e Cuba se destacaram com respostas mais adequadas, enquanto Estados Unidos, Reino Unido e Suécia enfrentaram desafios significativos devido à gestão fragmentada e posições anticiência.
As dificuldades enfrentadas por países com respostas menos eficazes incluíram limitações na coordenação e adesão às medidas de controle. Por outro lado, políticas emergenciais, como auxílio financeiro e comunicação de risco eficaz, foram determinantes para o fortalecimento das ações em países como Portugal e Moçambique, que, apesar de limitações estruturais, demonstraram avanços importantes devido à forte atuação da atenção primária e vigilância epidemiológica.
O seminário destacou ainda a necessidade de fortalecer os sistemas de saúde para futuras emergências, com investimentos em vigilância, incorporação de tecnologias digitais e fortalecimento de sistemas públicos universais, visando uma resposta mais equitativa e eficaz a crises sanitárias globais.
A íntegra do seminário está disponível no canal do ISC no YouTube (youtube.com/labvideoisc). O vídeo é acessível na Língua Brasileira de Sinais (Libras).
