[:pb]De monitoramento da sífilis em Salvador à oferta de oficinas para comunidades quilombolas em Ilha de Maré. O primeiro semestre de 2019 foi marcado por práticas importantes para a formação dos estudantes do curso de Graduação em Saúde Coletiva do ISC/UFBA. As atividades foram apresentadas pelos próprios alunos durante o Encontro Interdisciplinar “Práticas Integradas em Saúde: Religando saberes e produzindo conhecimento”, realizado na última quinta-feira (4), no auditório do Instituto.
Monitorando a sífilis
Declarada como grave problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a sífilis norteou parte dos trabalhos elaborados pelos alunos. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em 10 anos (2007 a 2017), a taxa de detecção em gestantes aumentou 959,6% em toda a Bahia. A infecção por sífilis da mãe pode levar a mortes fetais e neonatais, além de aumentar o risco de morte prematura em crianças. Só para se ter uma ideia da gravidade do problema, de janeiro de 2007 a setembro de 2018, a Bahia registrou 97 mortes por sífilis congênita em menores de 1 ano de idade.
Os dados são importantes para que os órgãos de saúde possam elaborar políticas de prevenção e tratamento. Mas até que ponto as unidades estão preparadas para trabalhar as diversas informações sobre os pacientes que chegam, diariamente, em busca de atendimento? Uma das turmas da Graduação em Saúde Coletiva escolheu o distrito do Subúrbio Ferroviário, um dos cinco com maior número de casos de sífilis em Salvador, para buscar respostas a essa pergunta.
“Nós pensamos em um modelo de entrevistas para aplicar no distrito e saber quais eram as dificuldades, as demandas e como eram desenvolvidas as ações em cada unidade”, explica a estudante Lívia Muniz, que participou do estudo. No total, 10 unidades do Subúrbio Ferroviário participaram do questionário.
Com base nas respostas, os alunos identificaram ausência de informações organizadas e, a partir de então, elaboraram um modelo de formulário on-line para oferecer aos gestores. Até um documento explicando o passo a passo de como funciona o acesso aos dados foi construído e entregue ao distrito sanitário, que agora pode contar com a ferramenta para auxiliar nas ações. “Eles precisavam de um instrumento para entender as suas limitações, suas vantagens, o que têm a oferecer à população e, a partir disso, poder transformar em ações assertivas”, destaca o estudante Cláudio Paim, que também participou da atividade.
Os estigmas da sífilis
Outro estudo, elaborado por estudantes do primeiro semestre, analisou a situação da sífilis no distrito sanitário de Brotas. A ideia foi traçar um panorama sobre o perfil das pessoas infectadas e verificar, com base em dados coletados das fichas de notificação, as ações realizadas para o diagnóstico e tratamento da doença.
A pesquisa revelou que a maior parte das gestantes só descobriu a infecção por sífilis no terceiro trimestre de gravidez, aumentando os riscos para o bebê e para a mulher. Chama a atenção também a ausência de tratamento para os parceiros. Metade não se tratou para a sífilis, ou seja, estão comprometendo a própria saúde e expondo a mulher ao risco de uma nova infecção. “O machismo impera tanto que faz com que homens abdiquem a sua segurança em saúde e, mais ainda, da sua companheira”, observa a estudante Helen Ferreira, que participou do trabalho.
O estudo aponta, inclusive, um maior percentual de infecção para sífilis adquirida entre os homens. Eles representam 62% das notificações, com maior incidência entre os indivíduos acima dos 45 anos. “Ou esses casos foram notificações tardias ou, de fato, existe nesse distrito uma manifestação muito pertinente, e não muito comum, nessa faixa etária”, analisa o estudante Jackson Pereira. Ele também destaca o comportamento sexual das mulheres infectadas. Contrariando a ideia da sífilis como uma “doença gay”, 92,3% delas declararam-se heterossexuais.
Apesar de ser amparado em gráficos, o estudo pretende ir além. “Os números representam vidas, comunidades e situações de saúde que precisam ser humanamente verificadas a partir da sensibilidade do sanitarista”, avalia Jackson. A pesquisa pretende trazer também uma nova consciência aos profissionais envolvidos. “Por que essas doenças atingem tanto as pessoas pretas, pardas, mulheres, gays, lésbicas e pessoas da periferia? É apenas pela falta do uso da camisinha ou existem outras questões que permeiam isso? Eu peço que nós, enquanto sanitaristas, possamos promover saúde com mais democracia. ”, destaca Helen.
Outros saberes
Todo 1º de maio, data em que se comemora o Dia Mundial do Trabalho, os católicos fazem festa para São José Operário, padroeiro dos trabalhadores. Em Ilha de Maré, na Baía de Todos os Santos, não seria diferente. Mas a comemoração deste ano teria um outro significado para os estudantes da Graduação em Saúde Coletiva do ISC/UFBA.
Eles estavam lá para participar de uma atividade prática com o objetivo de promover saúde em conjunto com as comunidades quilombolas de Martelo e Porto dos Cavalos. O primeiro contato já revelava muito do que viria. “Apesar de ser uma festa católica, eles falavam de trabalho, de repartir as heranças e bens sociais. Falavam de soberania e de irmandade, de uma forma que nunca vi antes em minha vida. ”, conta, com entusiasmo, a estudante Rachel Moura, que participou do trabalho nas localidades.
Em meio a toda beleza natural, diversos problemas ameaçam a saúde dos moradores de Ilha de Maré, a exemplo da poluição provocada por indústrias químicas instaladas naquela região. O trabalho de agentes comunitários de saúde também acaba comprometido em meio à dificuldade de acesso e pela distância entre as comunidades. E é aí que entra a autonomia dos moradores. Para eles, a saúde também é promovida através de rezadeiras, benzedeiras e parteiras. Conhecimento que vai passando de geração em geração.
“A gente procurou saber quais eram as potencialidades a partir da visão da própria comunidade e descobrir as expectativas deles”, explica o estudante Danilo Negreiros. Na lista de desejos, elaboradora pelos próprios moradores, estava a oferta de cursos profissionalizantes. Um desafio aceito pelos alunos, que realizaram oficinas de música, fotografia, artesanato, maquiagem e turbante com o apoio de artistas, colegas e professores. Resultado que você confere na galeria de fotos a seguir.
O cantor e compositor baiano Durval Caldas, responsável por ministrar a oficina de música para as crianças, também participou do encontro com os estudantes. Ele apresentou uma canção inédita que traduz em versos a experiência com a comunidade quilombola em Ilha de Maré.
Para a coordenadora do Curso de Graduação em Saúde Coletiva, Liliana Santos, o encontro interdisciplinar vem se consolidando como um importante espaço para a troca de saberes e outras reflexões aos estudantes e professores. “No meio de tantos desafios, a gente enxerga a esperança, alegria, compromisso, a capacidade de produzir a beleza e refletir que isso também é produção de saúde e compromisso social”, completa.[:en]From the monitoring of syphilis in Salvador to the offer of workshops for quilombola communities in Ilha de Maré. The first half of 2019 was marked by important practices for the training of students of the Undergraduate Course in Public Health of the ISC / UFBA. The activities were presented by the students themselves during the Interdisciplinary Meeting “Integrated Practices in Health: Recruiting knowledge and producing knowledge”, held last Thursday (4), in the auditorium of the Institute.
Monitoring syphilis
Declared a serious public health problem by the World Health Organization (WHO), syphilis guided part of the work done by the students. According to the Secretariat of Health of the State of Bahia (Sesab), in 10 years (2007 to 2017), the detection rate in pregnant women increased 959.6% throughout Bahia. Syphilis infection of the mother can lead to fetal and neonatal deaths, and increase the risk of premature death in children. Just to get an idea of the seriousness of the problem, from January 2007 to September 2018, Bahia recorded 97 deaths from congenital syphilis in children under 1 year of age.
The data are important so that the organs of health can elaborate policies of prevention and treatment. But to what extent are the units prepared to work the various information about the patients who arrive every day in search of care? One of the classes of the Graduation in Collective Health chose the district of Subúrbio Ferroviário, one of the five with more cases of syphilis in Salvador, to look for answers to this question.
“We thought of an interview model to apply in the district and find out what were the difficulties, the demands and how the actions were developed in each unit,” explains student Lívia Muniz, who participated in the study. In total, 10 units of the Rail Suburb participated in the questionnaire.
Based on the responses, the students identified an absence of organized information and, from then on, developed an online form template to provide managers. Even a document explaining the step-by-step how data access works was built and delivered to the health district, which can now rely on the tool to assist in actions. “They needed an instrument to understand their limitations, their advantages, what they have to offer the population and, from that, they can transform into assertive actions,” said student Cláudio Paim, who also participated in the activity.
The Stigmata of Syphilis
Another study, prepared by first semester students, analyzed the situation of syphilis in the health district of Brotas. The idea was to outline the profile of infected people and to verify, based on data collected from the notification forms, the actions taken to diagnose and treat the disease.
The survey revealed that most pregnant women only discovered syphilis infection in the third trimester of pregnancy, increasing risks for the baby and the woman. Also noteworthy is the lack of treatment for partners. Half were not treated for syphilis, that is, they are compromising their own health and exposing the woman to the risk of a new infection. “Machismo prevails so much that it makes men abdicate their health security and, even more so, their mate,” observes student Helen Ferreira, who participated in the work.
The study also indicates a higher percentage of infection for syphilis acquired among men. They represent 62% of notifications, with a higher incidence among individuals over 45 years. “Either these cases were late notifications or, in fact, there is a very pertinent and not very common manifestation in this district,” analyzes student Jackson Pereira. It also highlights the sexual behavior of infected women. Contrary to the idea of syphilis as a “gay disease”, 92.3% of them declared themselves to be heterosexual.
Despite being supported in graphics, the study intends to go further. “The numbers represent lives, communities and health situations that need to be humanely verified from the sanitarista’s sensibility,” says Jackson. The research also aims to bring a new awareness to the professionals involved. “Why do these diseases affect both black people, brown people, women, gays, lesbians and people on the periphery? Is it just the lack of condom use or are there other issues that permeate it? I ask that we, as sanitarians, be able to promote health with more democracy. “Says Helen.
Other knowledge
Every May 1st, when World Labor Day is celebrated, Catholics are celebrating St. Joseph the Worker, the patron saint of workers. In Ilha de Maré, in the Bay of All Saints, it would be no different. But the celebration of this year would have another meaning for students of the Graduation in Collective Health of ISC / UFBA.
They were there to participate in a practical activity with the goal of promoting health together with the quilombolas communities of Martelo and Porto dos Cavalos. The first contact already revealed much of what was to come. “Despite being a Catholic festival, they talked about work, sharing inheritances and social goods. They spoke of sovereignty and brotherhood, in a way I have never seen before in my life. “Says enthusiastically the student Rachel Moura, who participated in the work in the localities.
In the midst of all natural beauty, several problems threaten the health of the residents of Ilha de Maré, like the pollution caused by chemical industries installed in that region. The work of community health agents has also been compromised amid the difficulty of access and distance between communities. And that is where the autonomy of the residents comes in. For them, health is also promoted through mourners, healers and midwives. Knowledge that goes from generation to generation.
“We sought to know the potentialities from the vision of the community itself and discover their expectations,” explains student Danilo Negreiros. In the wish list, elaborated by the residents themselves, was the offer of vocational courses. A challenge accepted by the students, who held workshops on music, photography, crafts, makeup and turban with the support of artists, colleagues and teachers. Result you check in the following photo gallery.
The singer and composer from Bahia, Durval Caldas, who was in charge of the music workshop for the children, also participated in the meeting with the students. He presented an unpublished song that translates into verses the experience with the quilombola community in Ilha de Maré.
For the coordinator of the Graduate Course in Public Health, Liliana Santos, the interdisciplinary meeting has been consolidated as an important space for the exchange of knowledge and other reflections to students and teachers. “In the midst of so many challenges, we see hope, joy, commitment, the ability to produce beauty and reflect that this is also a production of health and social commitment.”[:es]Desde el monitoreo de la sífilis en Salvador hasta la oferta de talleres para las comunidades de quilombolas en Ilha de Maré. La primera mitad de 2019 estuvo marcada por prácticas importantes para la capacitación de estudiantes del Curso de Pregrado en Salud Pública de la ISC / UFBA. Las actividades fueron presentadas por los propios estudiantes durante la Reunión Interdisciplinaria “Prácticas Integradas en Salud: Reclutando conocimiento y produciendo conocimiento”, celebrada el pasado jueves (4), en el auditorio del Instituto.
Monitoreo de la sífilis
Declarado un grave problema de salud pública por la Organización Mundial de la Salud (OMS), la sífilis guió parte del trabajo realizado por los estudiantes. Según la Secretaría de Salud del Estado de Bahía (Sesab), en 10 años (2007 a 2017), la tasa de detección en mujeres embarazadas aumentó 959.6% en toda Bahía. La infección de la sífilis de la madre puede conducir a muertes fetales y neonatales, y aumentar el riesgo de muerte prematura en los niños. Para tener una idea de la gravedad del problema, desde enero de 2007 hasta septiembre de 2018, Bahía registró 97 muertes por sífilis congénita en niños menores de 1 año.
Los datos son importantes para que los órganos de salud puedan elaborar políticas de prevención y tratamiento. Pero, ¿en qué medida están preparadas las unidades para trabajar la información diversa sobre los pacientes que llegan todos los días en busca de atención? Una de las clases de Graduación en Salud Colectiva eligió el distrito de Subúrbio Ferroviário, uno de los cinco con más casos de sífilis en Salvador, para buscar respuestas a esta pregunta.
“Pensamos en un modelo de entrevista para aplicar en el distrito y descubrir cuáles eran las dificultades, las demandas y cómo se desarrollaron las acciones en cada unidad”, explica la estudiante Lívia Muniz, quien participó en el estudio. En total, 10 unidades del Barrio Suburbano participaron en el cuestionario.
Basándose en las respuestas, los estudiantes identificaron una ausencia de información organizada y, a partir de entonces, desarrollaron una plantilla de formulario en línea para proporcionar a los gerentes. Incluso un documento que explica paso a paso cómo funciona el acceso a los datos se creó y entregó al distrito de salud, que ahora puede confiar en la herramienta para ayudar en las acciones. “Necesitaban un instrumento para comprender sus limitaciones, sus ventajas, lo que tienen para ofrecer a la población y, a partir de eso, pueden transformarse en acciones asertivas”, dijo el estudiante Cláudio Paim, quien también participó en la actividad.
Los estigmas de la sífilis
Otro estudio, preparado por estudiantes de primer semestre, analizó la situación de la sífilis en el distrito de salud de Brotas. La idea era delinear el perfil de las personas infectadas y verificar, con base en los datos recopilados de los formularios de notificación, las acciones tomadas para diagnosticar y tratar la enfermedad.
La encuesta reveló que la mayoría de las mujeres embarazadas solo descubrieron la infección por sífilis en el tercer trimestre del embarazo, lo que aumenta los riesgos para el bebé y la mujer. También cabe destacar la falta de tratamiento para las parejas. La mitad no fue tratada por sífilis, es decir, están comprometiendo su propia salud y exponiendo a la mujer al riesgo de una nueva infección. “El machismo prevalece tanto que hace que los hombres renuncien a su seguridad de salud y, más aún, a su pareja”, observa la estudiante Helen Ferreira, quien participó en el trabajo.
El estudio también indica un mayor porcentaje de infección por sífilis adquirida entre los hombres. Representan el 62% de las notificaciones, con una mayor incidencia entre las personas mayores de 45 años. “O estos casos fueron notificaciones tardías o, de hecho, hay una manifestación muy pertinente y no muy común en este distrito”, analiza el estudiante Jackson Pereira. También destaca el comportamiento sexual de las mujeres infectadas. Contrariamente a la idea de la sífilis como una “enfermedad gay”, el 92,3% de ellos se declararon heterosexuales.
A pesar de ser apoyado en gráficos, el estudio pretende ir más allá. “Los números representan vidas, comunidades y situaciones de salud que deben ser verificadas humanamente desde la sensibilidad del sanitarista”, dice Jackson. La investigación también tiene como objetivo concienciar a los profesionales implicados. “¿Por qué estas enfermedades afectan tanto a los negros como a los morenos, a las mujeres, a los gays, a las lesbianas ya las personas de la periferia? ¿Es solo la falta de uso del condón o hay otros problemas que lo impregnan? Pido que nosotros, como sanitarios, podamos promover la salud con más democracia. “Dice Helen.
Otros conocimientos
Cada 1 de mayo, cuando se celebra el Día Mundial del Trabajo, los católicos celebran a San José obrero, el santo patrón de los trabajadores. En Ilha de Maré, en la Bahía de Todos los Santos, no sería diferente. Pero la celebración de este año tendría otro significado para los estudiantes de la Graduación en Salud Colectiva de ISC / UFBA.
Estaban allí para participar en una actividad práctica con el objetivo de promover la salud junto con las comunidades quilombolas de Martelo y Porto dos Cavalos. El primer contacto ya reveló mucho de lo que vendría. “A pesar de ser un festival católico, hablaron de trabajo, compartiendo herencias y bienes sociales. Hablaron de soberanía y hermandad, de una manera que nunca antes había visto en mi vida. “Dice con entusiasmo la estudiante Rachel Moura, quien participó en el trabajo en las localidades.
En medio de toda la belleza natural, varios problemas amenazan la salud de los residentes de Ilha de Maré, como la contaminación causada por las industrias químicas instaladas en esa región. El trabajo de los agentes de salud de la comunidad también se ha visto comprometido en medio de la dificultad de acceso y distancia entre las comunidades. Y ahí es donde entra la autonomía de los residentes. Para ellos, la salud también se promueve a través de dolientes, curanderos y parteras. Conocimiento que va de generación en generación.
“Buscamos conocer las potencialidades de la visión de la comunidad y descubrir sus expectativas”, explica el estudiante Danilo Negreiros. En la lista de deseos, elaborada por los propios residentes, estaba la oferta de cursos vocacionales. Un desafío aceptado por los estudiantes, que realizaron talleres sobre música, fotografía, manualidades, maquillaje y turbante con el apoyo de artistas, colegas y maestros. Resultado que verifique en la siguiente galería de fotos.
El cantante y compositor de Bahía, Durval Caldas, quien estuvo a cargo del taller de música para los niños, también participó en la reunión con los estudiantes. Presentó una canción inédita que traduce en versos la experiencia con la comunidad de quilombola en Ilha de Maré.
Para la coordinadora del Curso de Posgrado en Salud Pública, Liliana Santos, la reunión interdisciplinaria se ha consolidado como un espacio importante para el intercambio de conocimientos y otras reflexiones para estudiantes y maestros. “En medio de tantos desafíos, vemos esperanza, alegría, compromiso, la capacidad de producir belleza y reflexionamos que esto también es una producción de salud y compromiso social”.[:]